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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Redação Momento Espírita

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À Minha Filha


Olho para você e me pergunto: Onde está aquela garotinha que queria tudo rosa?
Onde está aquela menininha que saía à rua com a coroa de rainha à cabeça?
Onde foi parar o mundo do faz-de-conta, os castelos dourados, as fadas?
Você cresceu. E a impressão que tenho é que você dormiu criança e despertou adolescente.
A mudança foi muito brusca. Por isso, peço a você que tenha um pouco de paciência comigo. Preciso de um tempo para me acostumar a
pensar que você está caminhando para a fase adulta.
Que, embora traga a mente ainda repleta de sonhos, são muito diversos dos anos da infância.
Você navega pela Internet, descobre terras maravilhosas e tece sonhos de viagens.
Você deseja o mundo. Até ontem, desejava ser um condor para voar acima das montanhas, dominando os céus.
Agora, você pensa como será pilotar um avião, para ficar entre as nuvens.
Você estuda sobre os astros, planetas, sistemas solares e assiste filmes de conquistas espaciais, simulando em sua mente, ser você a heroína a bordo das espaçonaves que dominam o espaço.
Você baixa das nuvens e
seu coração bate, descompassado. Os galãs, os artistas, os meninos da escola.
São tantas emoções e tantas coisas acontecendo dentro de si.
O homem velho despertando, os hormônios agindo, as colegas assumindo posturas, exigindo outras de você.
Nesse seu mundo de adolescente, há tanto para querer, para conquistar.
Tempo de confusão. Tempo de decisão. Logo mais, você precisará definir a profissão que deseja, a carreira que pretende seguir.
Médica? Veterinária? Jóquei? Antropóloga?
Estudar inglês? Aprimorar-se na biologia?
Há tanto que decidir. O tempo urge.
De repente, me dou conta que já fui adolescente. Passei por tudo isso. E sofri, chorei, venci.
Por isso digo a você: Siga em frente.
Não perca a fé em si mesma. Não descarte Deus de sua vida.
Sonhe e sonhe muito. Deseje sempre crescer, progredir.
Não perca a garra, a vontade de alcançar o que almeja. Quem abandona seus sonhos, já perdeu a graça maior da vida. Já começou a morrer.
Você veio ao mundo para ser feliz, para conquistar experiências, para evoluir.
Por isso, sonhe e invista nos seus sonhos. Planeje e persiga seus planos.
Estude, trabalhe, viva.
Não descarte ninguém de sua vida: a família, os amigos, professores, colegas.
Todos estão ao seu redor para o apoio afetivo que necessita.
Seja amiga, irmã, filha, colega. Nunca esqueça, no entanto, que você é filha da Luz, herdeira do Universo, Espírito imortal.
Conquiste as glórias do mundo, mas não esqueça que o brilho maior, imperecível, é o que conquistará você, Espírito, vivendo o bem, fazendo o bem, embelezando o mundo com sua presença especial.
Redação do Momento Espírita.

   
   
   
   
   

Mensagens em Áudio

A Esperança

clip_image001Há dias que temos a impressão de que chegamos no fim do caminho. Olhamos para frente e não vislumbramos mais saída. Não há uma luz no fim do túnel, e não há também nenhuma possibilidade de volta.
Parece que todos os nossos projetos, nossos objetivos, foram levados para bem distante, e estamos sem possibilidade de alcançá-los.
Parece mesmo que o outono da existência fez com que secassem as nossas esperanças e o vento forte do inverno varresse das nossas mãos todos os sonhos acalentados.
A morte vem e arrebata os afetos da nossa alma deixando-nos o coração dilacerado.
Sentimo-nos perdidos. Não sabemos que rumo tomar. Ficamos atônitos.
Sentimo-nos como uma árvore ressecada, sem folhas, sem brilho, sem motivo para viver. É a desesperança.
De repente, como acontece com a natureza, a primavera muda toda a paisagem. As árvores secas enchem-se de brotos verdes, e logo estão cobertas de folhas e flores.
O tom acinzentado cede lugar às cores verdes de tonalidades mil. É a esperança.
Os entes caros, que nos antecederam na viagem de retorno à Pátria Espiritual, um dia estarão novamente junto aos nossos corações saudosos, num abraço de carinho e afeição.
Tudo em a natureza volta a sorrir. A relva verde fica bordada de flores de variados matizes, as borboletas bailam no ar, os pássaros brindam-nos com suas sinfonias harmoniosas. Tudo é vida.
Assim, quando a chama da esperança reacende em nosso íntimo, nossos sonhos desfeitos são substituídos por outros anseios. Nossos objetivos se modificam e o entusiasmo nos invade a alma.
Jesus, o Sublime Galileu, falou-nos da esperança no Sermão da Montanha, com o suave canto das bem-aventuranças.
Exemplificou-a nos Seus ditos e feitos. Enfim, toda Sua mensagem é de esperança.
Se formos visitados por qualquer dissabor e o desespero nos tomar de assalto, busquemos o nosso Amigo Maior, Jesus, através da oração.
Predispondo-nos pela prece, a ajuda chegará certamente, como suave bálsamo a penetrar nas fibras mais íntimas do nosso ser, dando-nos alento e tranquilidade.
Se a desesperança acercar-se de nós, lembremos o Amigo Celeste a nos dizer: Meu fardo é leve, meu jugo é suave.
Se Seu jugo é suave, por que não O aceitamos?
Se Seu fardo é leve por que não O conduzimos?
Consideremos que o rigor do inverno pode ser o resultado da nossa falta de cuidado, submetendo-nos ao jugo da mentira, da ambição desmedida, do pessimismo,das queixas sem fim...
Ou talvez a desesperança resulte da nossa própria insensatez, carregando o pesado fardo dos prazeres inferiores, do orgulho, do egoísmo, da ganância, dos vícios de toda ordem, e de outros tantos fardos inúteis que nos sobrecarregam os ombros destroçando-nos as forças.
Dessa forma, em qualquer circunstância, deixemos que a esperança nos invada a alma, confiantes em Deus, que sempre nos dá oportunidades novas para refazermos caminhos, buscando a nossa redenção.
A esperança deve ser uma constante em nossas vidas.
Esperança de melhores dias;
esperança de realizações superiores;
esperança de paz.
* * *
Narra-se que um monge que vivia da mendicância, sem abrigo, recolheu-se numa gruta para o repouso noturno em bela paisagem banhada de luar.
Adormeceu, veio um bandido e lhe furtou a capa de que se utilizava como agasalho.
O frio da madrugada despertou-o e, dando-se conta do infortúnio, porém fascinado pela claridade da lua, aproximou-se da entrada da gruta e, emocionando-se com o que viu, exclamou:
Que bom que o ladrão não me furtou a lua!
E sorrindo, pôs-se a meditar.
Desesperar, nunca!
Redação do Momento Espírita

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Terapia contra o medo

O medo, até certo ponto, é uma reação natural perante aquilo que desconhecemos e se expressa por variadas formas no dia a dia.

Causam-nos medo a expectativa de um acontecimento desagradável, a surpresa perante uma situação difícil que não sabemos como enfrentar, ao menos no primeiro momento.

Também a expectativa por uma resposta que talvez seja negativa pode nos provocar certo receio, que pode se transformar em ansiedade controlada.

Também existem os medos de fantasmas, de tormentas, do escuro, da água ou do fogo que, quase sempre, são resultado do período infantil e que ainda não conseguimos vencer.

Mas existe um outro tipo de medo. É esse receio que se agiganta e nos leva a um estado de grande ansiedade, por acontecimentos pequenos ou até de simples expectativas.

Tal estado gera taquicardias, calafrios ou suores abundantes. Tudo demonstrando um desequilíbrio psicológico.

O medo desfigura a realidade. Coisas insignificantes se agigantam e se avolumam, fazendo-nos ver muitas situações distorcidas.

No Rio de Janeiro, uma senhora muito rica precisou, certo dia, ir ao costureiro provar um vestido novo para uma festa. Seu carro estava na oficina. Ela telefonou ao marido e lhe disse:

Bem, estou saindo agora. São três horas da tarde. Vou chamar um táxi porque acho mais seguro. Deverei estar de volta em torno das seis horas. Se eu não estiver de volta até esse horário, por favor, me procure.

Ela vivia atemorizada pela violência. Temia ser assaltada, sequestrada, maltratada. Por isso, tinha todos esses cuidados.

Chamou o táxi, foi até o ateliê de alta costura, provou a roupa, conversou com amigas e retornou para casa em outro táxi.

Quando saltou do carro em frente à sua casa e deu alguns passos na direção do portão, percebeu que um homem a observava de forma estranha.

Seu coração começou a bater violentamente. Ela olhou para trás. O táxi já desaparecera na esquina. Deu mais uns passos e o indivíduo a seguiu.

Ela começou a sentir pavor. Deu meia volta, apressou o passo na direção da rua. Alguém, com certeza, haveria de vê-la e socorrê-la, salvá-la daquele homem que deveria ser um assaltante, um ladrão.

Percebeu que ele continuava atrás dela. Começou a correr. O homem também correu e gritou:

Ei, sua boba, onde é que você vai? Sou eu, seu marido!

* *  *

A mais excelente terapia contra o medo e a ansiedade é a confiança em Deus, que criou a vida com objetivos elevados.

Reflexionemos com calma a respeito do medo e busquemos as suas causas, passando-as pelo crivo da razão.

Sejam, porém, de que ordem forem as causas do medo, exercitemo-nos mentalmente, nos processos para a sua eliminação.

Oremos a Deus, entregando-nos a Ele, em atitude dinâmica e nos disponhamos a enfrentar qualquer situação com pensamento otimista.

Guardemos a certeza de que Deus vela e guarda as nossas vidas.

Redação do Momento Espírita, com base em relato de
Divaldo Pereira Franco, em palestra pública no cenáculo da
Federação Espírita Brasileira, em Brasília, no dia 11 de
novembro de 2000; no cap. 11 do livro
Momentos de felicidade
e no cap. 14 do livro Momentos de iluminação,
pelo Espírito
Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed
Leal.

Em 5.7.2012.

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Terapia contra o medo

O medo, até certo ponto, é uma reação natural perante aquilo que desconhecemos e se expressa por variadas formas no dia a dia.

Causam-nos medo a expectativa de um acontecimento desagradável, a surpresa perante uma situação difícil que não sabemos como enfrentar, ao menos no primeiro momento.

Também a expectativa por uma resposta que talvez seja negativa pode nos provocar certo receio, que pode se transformar em ansiedade controlada.

Também existem os medos de fantasmas, de tormentas, do escuro, da água ou do fogo que, quase sempre, são resultado do período infantil e que ainda não conseguimos vencer.

Mas existe um outro tipo de medo. É esse receio que se agiganta e nos leva a um estado de grande ansiedade, por acontecimentos pequenos ou até de simples expectativas.

Tal estado gera taquicardias, calafrios ou suores abundantes. Tudo demonstrando um desequilíbrio psicológico.

O medo desfigura a realidade. Coisas insignificantes se agigantam e se avolumam, fazendo-nos ver muitas situações distorcidas.

No Rio de Janeiro, uma senhora muito rica precisou, certo dia, ir ao costureiro provar um vestido novo para uma festa. Seu carro estava na oficina. Ela telefonou ao marido e lhe disse:

Bem, estou saindo agora. São três horas da tarde. Vou chamar um táxi porque acho mais seguro. Deverei estar de volta em torno das seis horas. Se eu não estiver de volta até esse horário, por favor, me procure.

Ela vivia atemorizada pela violência. Temia ser assaltada, sequestrada, maltratada. Por isso, tinha todos esses cuidados.

Chamou o táxi, foi até o ateliê de alta costura, provou a roupa, conversou com amigas e retornou para casa em outro táxi.

Quando saltou do carro em frente à sua casa e deu alguns passos na direção do portão, percebeu que um homem a observava de forma estranha.

Seu coração começou a bater violentamente. Ela olhou para trás. O táxi já desaparecera na esquina. Deu mais uns passos e o indivíduo a seguiu.

Ela começou a sentir pavor. Deu meia volta, apressou o passo na direção da rua. Alguém, com certeza, haveria de vê-la e socorrê-la, salvá-la daquele homem que deveria ser um assaltante, um ladrão.

Percebeu que ele continuava atrás dela. Começou a correr. O homem também correu e gritou:

Ei, sua boba, onde é que você vai? Sou eu, seu marido!

* *  *

A mais excelente terapia contra o medo e a ansiedade é a confiança em Deus, que criou a vida com objetivos elevados.

Reflexionemos com calma a respeito do medo e busquemos as suas causas, passando-as pelo crivo da razão.

Sejam, porém, de que ordem forem as causas do medo, exercitemo-nos mentalmente, nos processos para a sua eliminação.

Oremos a Deus, entregando-nos a Ele, em atitude dinâmica e nos disponhamos a enfrentar qualquer situação com pensamento otimista.

Guardemos a certeza de que Deus vela e guarda as nossas vidas.

Redação do Momento Espírita, com base em relato de
Divaldo Pereira Franco, em palestra pública no cenáculo da
Federação Espírita Brasileira, em Brasília, no dia 11 de
novembro de 2000; no cap. 11 do livro
Momentos de felicidade
e no cap. 14 do livro Momentos de iluminação,
pelo Espírito
Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed
Leal.
Em 5.7.2012.

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Servidor de Jesus

Quando jovens, normalmente somos idealistas e com facilidade nos vinculamos a determinadas causas.

Não foi diferente com aquele rapaz que conheceu a Doutrina Espírita, passando a estudá-la com ardor. Mergulhando nas páginas do Evangelho, apaixonou-se por Jesus.

Na sua ardência juvenil, desejou servir ao Cristo com todas as forças do seu coração. Mais do que isso, ele queria morrer pela causa do cristianismo.

Ser cristão como os primitivos cristãos. Desejava ser perseguido como foram os apóstolos e os discípulos de Jesus. Quem sabe poderia ir para um país onde houvesse perseguição religiosa e pena de morte.

Poderia ser preso, torturado e, por fim, morto.

Era o que ele desejava: morrer por amor a Jesus, pela causa da verdade.

Recordava o heroísmo do Apóstolo Pedro sendo crucificado de cabeça para baixo. De Paulo de Tarso sendo açoitado, apedrejado e decapitado, por amor ao Mestre.

Lembrava, enfim, dos testemunhos de todos aqueles cristãos que se deixaram matar, não se permitindo abandonar o ideal.

Certo dia, durante suas orações, ouviu um mensageiro dos céus que lhe falava:

Filho, você deseja mesmo morrer por Jesus?

Sim, é claro. Falou ele.

Pois então eu vou levar a Jesus o seu pedido e depois lhe trarei a resposta.

Nos dias seguintes, o jovem não cabia em si de tanta ansiedade. Quando viria a resposta?

Foi durante a oração de uma das noites, que a voz se fez ouvir outra vez:

Filho, levei o seu pedido a Jesus e venho lhe dizer que Ele aceitou.

Quer dizer, foi dizendo afoito o jovem, que eu vou morrer por amor a Jesus?

Sim, filho, mas não de repente. Você irá morrer devagarinho, um pouco a cada dia. Jesus pede que você atenda seu próximo, sirva aos seus irmãos, se torne um apóstolo do amor na Terra.

E, por amor a Ele, por amor à verdade que Ele veio ensinar, morra um pouquinho todas as vezes que a calúnia alcançar o seu caminho, que as pedras da incompreensão o atingirem.

Então, o jovem passou a dedicar sua vida a servir ao próximo, esquecendo-se de si mesmo, dos seus próprios anseios.

Aos setenta anos de idade, ele pedia a Jesus que lhe permitisse viver no corpo um pouco mais, pois reconhecia o muito por fazer pelos filhos do Calvário, que andam sobre a Terra.

*   *   *

O verdadeiro seguidor de Jesus faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma. Retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte e sacrifica sempre os seus interesses à justiça.

Quem segue a Jesus encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer os outros felizes, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que dá aos aflitos.

Seu primeiro impulso é pensar nos outros, antes de si. É cuidar dos interesses alheios antes de atender aos seus próprios.

Redação do Momento Espírita, com base em fato da vida de
Divaldo Pereira Franco e no item 3 do cap. XVII, do livro
O evangelho
segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 6.7.2012.

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Pregações

A modernidade é rica de meios para que as pessoas externem seus pensamentos.

Mediante os recursos da internet, muitas cotidianamente partilham com o mundo o seu modo de ver a vida.

Em blogs, redes sociais, colunas virtuais e vídeos, democratizou-se e ampliou-se a exposição pessoal.

Nesse ambiente, são constantes as críticas ao comportamento alheio.

Também são habituais as frases de efeito postas para circular.

Pensamentos de grandes vultos são relembrados e frisados.

Tudo isso tem um grande potencial renovador.

Mas para que seja mesmo positivo, convém refletir sobre uma passagem do Evangelho.

Nela, Jesus convida seus discípulos para irem juntos às aldeias vizinhas, para que Ele ali também pregasse.

E afirma que foi para a atividade de pregação que veio ao mundo.

É interessante pensar a respeito do significado do conceito de pregação.

Ele tem sido deturpado com frequência, para justificar muita falação inconsequente.

Por certo, Jesus incluía no ato de pregar todos os gestos sacrificiais de sua vida.

Ele não só falava, mas também exemplificava.

Geralmente, vemos na Terra a missão de ensinar muito desmoralizada.

A ciência oficial dispõe de cátedras.

A política possui tribunas.

A religião fala de púlpitos.

Contudo, os que ensinam, com exceções louváveis, quase sempre se caracterizam por dois modos diferentes de agir.

Exibem certas atitudes quando pregam, mas adotam outras quando em atividade diária.

Disso resulta uma grave perturbação geral.

Afinal, os ouvintes também se sentem à vontade para mudar a roupa do caráter.

Em situação semelhante se encontram muitos dos que bradam contra o mal por meio da internet.

Eles reclamam da desonestidade alheia.

Apontam que alguém deveria tomar providências ou adotar medidas para salvar o semelhante.

Mas raramente se dispõem a fazer algo de efetivo para que o mundo se torne melhor.

Também por vezes quem reclama do governo ou dos políticos segue sem cumprir os seus deveres.

Não trata de bem educar seus filhos.

Não dá a devida atenção a seu cônjuge, não cuida de seus pais velhos ou enfermos.

Ou sonega tributos, procura levar vantagem quando a oportunidade aparece.

É uma grave incoerência apontar o erro no comportamento dos outros e não cumprir os próprios deveres com retidão.

Toda dissertação moldada no bem é útil.

Jesus veio ao mundo para isso.

Pregou a verdade em todos os lugares, fez discursos de renovação, comentou a necessidade do amor para a solução dos problemas.

No entanto, misturou palavras e testemunhos vivos, desde a primeira palavra de Seu apostolado até a cruz.

Por pregação, portanto, Jesus entendia igualmente os sacrifícios da vida.

Seu despojamento no Calvário é a prova viva disso.

Pense a respeito.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 38 do
livro
Caminho, Verdade e Vida,
pelo Espírito Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.

Em 27.07.2012.

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Perfume de gratidão

Jovem e idealista, ela partiu de sua terra natal, a Suíça, para ajudar a reconstruir a Polônia, depois da Segunda Guerra Mundial.

Ela assentou tijolos, colocou telhados, levantou paredes. Até o dia em que um homem cortou a perna e lhe descobriram os dotes para a medicina. Aí, junto a duas outras voluntárias, que tinham conhecimentos de medicina básica, foi servir num improvisado posto médico.

Certa noite, em que suas colegas tinham se deslocado para atender pessoas em outra localidade, ela ficou sozinha. Tomou o seu cobertor, enrolou-se e deitou sob a luz das estrelas.

Nada haverá de me acordar, hoje. Estou morta de cansaço.

No entanto, um pouco depois da meia-noite, um choro de criança a despertou. Ela pensou estar sonhando e não abriu os olhos. O choro voltou a lhe chegar aos ouvidos.

Meio dormindo, ainda, ouviu uma voz de mulher:

Desculpe acordá-la, mas meu filho está doente. Você precisa salvá-lo.

Bastou Elisabeth olhar, de forma rápida, para o garoto de três anos para descobrir que ele era portador de tifo.

Explicou para a mulher que não tinha remédio algum no posto. A única coisa que podia lhe oferecer era uma xícara de chá.

A mulher cravou nela os olhos, com aquele olhar que somente as mães em desespero possuem:

A senhora tem de salvar meu filho. Durante a guerra, nos campos de concentração, morreram doze dos meus filhos e este nasceu lá. Ele não pode morrer. Não agora que o pior já passou.

Elisabeth tomou uma decisão. Se aquela mulher andara tantos quilômetros para chegar até ali, se ela vira serem mortos uma dúzia de filhos na guerra e ainda tinha ânimo para rogar pela vida do único afeto que lhe restava, ela merecia todos os sacrifícios.

Tomou da criança e, com a mãe, caminhou trinta quilômetros, até encontrar um hospital. Depois de muita insistência, conseguiu que a criança fosse internada.

Mas havia uma condição: somente depois de três semanas, elas poderiam retornar para saber notícias. Afinal, o hospital estava cheio e os médicos atolados de tarefas.

Elisabeth voltou para as atividades do seu posto médico e tanto trabalho teve nas semanas seguintes, que até esqueceu o garoto.

Certa manhã, ao despertar, encontrou ao lado do seu cobertor, um lenço cheio de terra. Abrindo-o, viu, junto com a terra, um bilhete: Para a pani doutora.  Da senhora W.  Cujo último dos treze filhos você salvou, um pouco de terra abençoada da Polônia.

O menino estava vivo.

Um grande sorriso se abriu no rosto cansado de Elisabeth.

E ela compreendeu o que acontecera. A mulher andara mais de trinta quilômetros até o hospital e apanhara ali o seu filho vivo.

De Lublin, levara-o de volta até o povoado onde vivia. Pegara um punhado de terra do seu chão e tornara a andar muito para deixar, quieta, sem perturbar, na calada da noite, o seu presente de gratidão.

Elisabeth Kübler-Ross guardou o embrulhinho de terra que se tornou para ela o presente mais valioso que jamais recebera.

*   *   *

A gratidão é perfume acondicionado no frasco d’alma. As criaturas o deixam evolar-se, de forma sutil, envolvendo aqueles a quem são gratos, numa aura de bem-estar.

Naturalmente, ninguém realiza o bem esperando agradecimento mas, quando a gratidão se manifesta, é como a brisa que abençoa a tarde morna com sua presença.

Refaz corações e aumenta a disposição para novas realizações, em prol do próximo.

Redação do Momento Espírita, com base
no cap. 9, do livro
A roda da vida
, de Elisabeth
Kübler-Ross, ed. Sextante.

Em 16.07.2012

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Outro olhar

O pintor e documentarista francês, Hugues de Montalembert, tinha trinta e cinco anos quando sua vida mudou drasticamente. Durante um assalto ocorrido no ano de 1978, em Nova York, ele perdeu a visão.

Após o acidente, ele teve que se adaptar a outra realidade. Na vida, que antes era banhada pela luz e cor, agora predominaria a escuridão.

Ele que, em sua profissão, entendia o mundo através dos olhos, fotografando paisagens e pintando telas, encontrou-se em um mundo abstrato, composto basicamente por sons.

Mas não se deixou abater e descobriu que a saída estava dentro dele mesmo.

Com o objetivo de reconquistar sua independência e recuperar a liberdade, ele seguiu enfrentando a nova realidade, iniciando um processo contínuo de autossuperação.

O primeiro obstáculo foi vencido quando aprendeu a caminhar pelas ruas acompanhado apenas pela bengala.

Para reencontrar o prazer de viver, empreendeu viagens solitárias a lugares distantes como Indonésia, Groenlândia e Himalaia, desenvolvendo uma impressionante habilidade de ver sem os olhos.

Descobriu que o medo é o principal inimigo da pessoa cega. E, mesmo sem enxergar, continuou a amar a vida.

Uma grande descoberta que fez foi quando identificou que a luz é capaz de tornar muitas coisas invisíveis. Antes ele se ocupava tanto em olhar, que deixava de perceber, escutar e sentir as pessoas.

Simplesmente porque seus olhos agora não podiam mais enxergar, ele passou a conhecer as pessoas melhor, buscando o sentimento que traziam na voz, no sorriso, no toque e na movimentação.

No constante duelo com a escuridão, acabou entrando em contato com a sua essência, encontrando, dentro de si, características que não teria identificado em outra situação.

Sentiu-se vitorioso, quando muitas pessoas na mesma condição sentir-se-iam derrotadas.

Em suas novas aventuras pelo mundo contemplou paisagens, criando sua própria visão através da somatória dos sons, movimentos e aromas que a natureza lhe oferecia.

Aprendeu a criar imagens evocando um mundo que havia observado intensamente por trinta e cinco anos. Tornou-se capaz de descrever uma paisagem e reconhecer sua beleza, sem vê-la, apenas com a percepção dos demais sentidos.

*  *   *

Sirvamo-nos do exemplo de superação desse homem, que foi capaz de enfrentar as dificuldades e adaptar-se com alegria a uma nova vida, não se prendendo ao passado, pois sabia que se o fizesse, ceifaria seu futuro.

Deixemos a nossa sensibilidade fluir, descobrindo que os olhos da alma são capazes de enxergar dimensões infinitas, que vão além do que podemos ver com os olhos físicos.

Ainda que tenhamos uma visão perfeita, não nos tornemos cegos para a beleza e poesia da vida.

Ver é enxergar além. É se colocar além da aparência e identificar que há um outro mundo além do mundo real.

Redação do Momento Espírita, com base no livro
Um outro olhar
, de Hugues de Montalembert, ed. Sextante
Em 2.8.2012.

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Onde está o essencial?

A mulher entrou no consultório do psicoterapeuta e se sentou. Antes de começar a falar, já chorava.

Quando finalmente conseguiu parar de soluçar, disse: Estou sozinha. Meu marido me largou há dois meses. Viajei, pensando que esqueceria, mas não consigo esquecer.

Ele é um ingrato. Afinal, eu lhe dei os melhores anos de minha vida. Eu lhe dei filhos lindos. Eles sempre estavam prontos, bem vestidos e penteados, com as mochilas às costas, na hora de ir para a escola.

Sempre tive a refeição pronta quando ele chegava, não importando a hora. Sempre recebi os amigos dele. Sempre fui a todos os lugares com ele, mesmo que não gostasse. Sempre sorri, para que todos soubessem que ele tinha uma esposa feliz.

Dei-lhe uma casa maravilhosa. Nunca permiti que existisse pó sobre os móveis. Sempre tive o máximo de cuidado com os lençóis para que estivessem brancos, bem passados, perfumados.

E agora, isso! Ele conheceu uma mocinha no escritório, se apaixonou por ela e me deixou.

O psicoterapeuta olhou para ela e lhe perguntou: E o que é que você deu de você para ele?

Ela não entendeu. Sim, durante anos ela o servira como cozinheira, arrumadeira, babá dos filhos dele. Mas nunca se lembrara de que era a esposa, a companheira, a amiga.

*   *   *

Naturalmente, ter a casa arrumada, lençóis limpos, crianças alinhadas e prontas é importante. Mas não é tudo. Mesmo porque, algumas dessas tarefas podem ser delegadas a terceiros.

Uma refeição pode ser conseguida em um restaurante, roupas limpas na lavanderia, a casa pode ser limpa pela faxineira.

Mas o carinho de uma esposa não se compra. Espera-se, simplesmente, como a esposa aguarda o do marido.

Mais importante do que a casa sem pó, é um sorriso e um abraço de ternura quando os dois se encontram.

Mais importante do que o tapete exatamente no lugar e todos os enfeites bem dispostos sobre os móveis, é uma mão que aperta a outra com força.

É a companhia agradável de quem se senta ao lado, olha nos olhos e descobre que o outro teve um dia terrível.

Um confia ao outro as suas dificuldades e suas ansiedades, encontrando aconchego mútuo.

Amar é dar-se, é confiar. Olhar juntos para os filhos que crescem e vão se tornando independentes.

*   *   *

Lembre-se: o mais importante são as pessoas. De que adianta a casa, o carro, as joias, se não houver pessoas para partilhar com você?

Entre as pessoas existem aquelas que dependem do nosso afeto. Por isso, não se canse de amar.

Olhe para as pessoas. Preste atenção nas suas palavras, gestos, olhares, sentimentos. Em especial aquelas que compartilham com você do mesmo teto, pois são as que mais necessitam do seu amor.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. É aí que está a
luz (a busca do ser), do livro Vivendo, amando e aprendendo
, de Leo
Buscaglia, ed. Nova era.

Em  11.07.2012.

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O óbvio

Certa vez, um amigo abordou o médium Chico Xavier e lhe perguntou:

Chico, na sua opinião, qual é o homem mais rico?

Para mim, respondeu ele, o homem mais rico é o que tenha menos necessidades.

Arriscando nova pergunta, o companheiro quis saber:

E o homem mais justo e sábio?

Com o fraterno sorriso de sempre, ele voltou a responder:

O homem mais justo e sábio é o que cumpre com o dever.

Mas– voltou a insistir o homem, certamente querendo uma resposta ou revelação diferente – o que você está me dizendo é o óbvio!

Sem parar o que estava fazendo e, com a espontaneidade de sempre, Chico terminou dizendo:

Meu filho, tudo que está no Evangelho é o óbvio!

Não existem segredos nem mistérios para a salvação da alma. Nada mais óbvio que a verdade!

O nosso problema é justamente este: queremos alcançar o céu, vivendo fora do óbvio na Terra!

*   *   *

A palavra óbvio vem do latim obvius e significa tudo aquilo que é evidente, à vista, lugar-comum.

Ela é formada de ob, que representa à frente; e de via, que significa caminho.

Assim, ela indica aquilo que está à nossa frente, sem ser segredo ou estar escondido, o que salta à vista.

O querido médium da paz, na sua humildade de sempre, mostrou excelsa sabedoria ao apontar uma característica humana dos dias atuais: a de complicar o que é extremamente simples.

Assim criamos fórmulas, palavras mágicas, receitas e esquemas mil, para entender o que sempre esteve tão claro nas palavras do Evangelho.

Por vezes, parece que a fuga do óbvio é fuga da responsabilidade.

Responsabilidade de quem já sabe o que deve fazer, de quem já tem o conhecimento, mas deixa a ação, a mudança, a renovação sempre para amanhã.

Por que relutamos tanto em entender o óbvio? Será entendimento o que falta? Acreditamos que não. Nossa geração já tem entendimento e inteligência suficientes.

O que falta é o movimento interior da mudança, de deixar as paixões negativas para trás.

Viver de acordo com as lições de um mestre, como Jesus, não é ser fanático religioso, extremista e cego. Não, de forma alguma. O verdadeiro cristão é discreto, porém atuante e firme nas ações.

Não enxerguemos Jesus como um santo, inatingível, que serve apenas para ser adorado. Já passamos desse tempo.

Hoje é tempo de vê-lO como um exemplo, um referencial, num mundo onde as referências são tão pueris.

A lição do Evangelho é o óbvio. O óbvio tão necessário para acalmar nossas almas angustiadas com as incertezas do mundo.

É via segura à nossa frente, conduzindo à tão sonhada felicidade.

Redação do Momento Espírita
25.01.2012.

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Música em nossas vidas

Conta-se que, um dia, ao ouvir o silvo do vento passar pelo tronco oco de uma árvore, o homem o desejou imitar. E inventou a flauta.

Tudo na natureza tem musicalidade. O vento dedilha sons na vasta cabeleira das árvores e murmura melodias enquanto acarinha as pétalas das flores e os pequenos arbustos.

Quando se prepara a tempestade, ribombam os trovões, como o som dos tambores marcando o passo dos soldados, em batidas ritmadas e fortes.

Quando cai a chuva sobre a terra seca pela estiagem, ouve-se o burburinho de quem bebe com pressa.

Cantam os rios, as cachoeiras, ulula o mar bravio.

Tudo é som e harmonia na natureza. Mesmo quando os elementos parecem enlouquecidos, no prenúncio da tormenta.

E lembramos das poderosas harmonias do Universo, gigantesca harpa vibrando sob o pensamento de Deus, do canto dos mundos, do ritmo eterno que embala a gênese dos astros e das humanidades.

Em tudo há ritmo, harmonia, musicalidade.

Em nosso corpo, bate ritmado o coração, trabalham os pulmões em ritmo próprio, escorre o sangue pelas veias e artérias.

Tudo em tempo marcado. Harmonia.

Nosso passo, nosso falar é marcado pelo ritmo.

A música está na natureza e, por sermos parte integrante dela, temos música em nossa intimidade. Somos música.

Por isso é que o homem, desde o princípio, compôs melodias para deliciar as suas noites, amenizar a saudade, cantar amores, lamentar os mortos.

Também aprendeu que, através das notas musicais, podia erguer hinos de louvor ao Criador de todas as coisas.

E surgiu a música mística, a música sacra, o canto gregoriano.

Entre os celtas, era considerada bem inalienável a harpa, junto ao livro e à espada.

Eles viam na música o ensinamento estético por excelência, o meio mais seguro de elevar o pensamento às alturas sublimes.

Os cristãos primitivos, ao marcharem para o martírio, o faziam entre hinos ao Senhor. Verdadeiras preces que os conduziam ao êxtase e os fortaleciam para enfrentar o fogo, as feras, a morte, sem temor algum.

O rei de Israel, Saul, em suas crises nervosas e obsessivas, chamava o pastor Davi que, através dos sons de sua harpa, o acalmava.

A música é a mais sublime de todas as artes. Desperta na alma impressões de arte e de beleza. Melhor do que a palavra, representa o movimento, que é uma das leis da vida. Por isso ela é a própria voz do mundo superior.

A voz humana possui entonações de uma flexibilidade e de uma variedade que a tornam superior a todos os instrumentos.

Ela pode expressar os estados de espírito, todas as sensações de alegria e da dor, desde a invocação de amor até às entonações mais trágicas do desespero.

É por isso que a introdução dos coros na música orquestrada e na sinfonia enriqueceu a arte de um elemento de encanto e de beleza.

É por isso que a sabedoria popular adverte: Quem canta, seus males espanta!

Cantemos!

Redação do Momento Espírita, com trechos do cap. VII do livro
O espiritismo na arte, de Léon Denis, ed. Arte e cultura.
Em 19.07.2012.

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Fonte de vida

Jesus ensinou que a caridade é o caminho que devemos seguir para promover a evolução espiritual e alcançar a verdadeira felicidade.

No entanto, compreender o sentido real dessa virtude ainda é um desafio, até mesmo para os cristãos.

A caridade tem muitas nuances e pode se manifestar de diversas maneiras.

Vai desde a doação de bens materiais, que tenham importância para quem os recebe, até um simples olhar livre de qualquer tipo de julgamento.

Quando compreendermos que a caridade é a atitude de amor em favor do outro, através de uma ação construtiva e útil, perceberemos que é possível praticá-la em todos os momentos, lugares e situações.

Mas, para que nossas ações possam ser consideradas caridosas, temos que refletir se elas estão sendo úteis.

Elas devem ter utilidade para a sociedade, para todos aqueles que atravessam nosso caminho, para o mundo ou para a natureza.

Os ensinamentos trazidos por Jesus têm o objetivo de promover o crescimento espiritual e fazem com que aqueles interessados no melhoramento íntimo, busquem novas maneiras de viver.

Na proporção em que assimilamos as verdades espirituais, vamos deixando de lado valores supérfluos.

*  *  *

Na medida em que Jesus ia revelando a beleza da Boa Nova, os Seus seguidores passavam a questionar a própria conduta.

Certa vez João, Seu discípulo, no auge da curiosidade juvenil, perguntou a Jesus qual a maneira mais adequada de se portar diante do próximo, no sentido de ajudar aos semelhantes.

Com voz clara e firme, o Divino amigo lhe respondeu:

João, se procuras uma regra de auxiliar os outros, beneficiando a ti mesmo, não te esqueças de amar o companheiro de jornada terrestre, tanto quanto desejas ser querido e amparado por ele.

A pretexto de cultivar a verdade, não transformes a própria existência numa batalha em que teus pés atravessem o mundo, qual furioso combatente do deserto.

Recorda que a maioria dos enfermos conhece, de algum modo, a moléstia que lhe é própria, reclamando amizade e entendimento, acima da medicação.

Lembra-te de que não há corações na Terra sem problemas difíceis a resolver; em razão disso, aprende a cortesia fraternal para com todos.

Acolhe o irmão do caminho, não somente com a saudação recomendada pelos imperativos da polidez, mas também com o calor do teu sincero propósito de servir.

*  *  *

Para nos tornarmos pessoas de bem, temos que abraçar as oportunidades de servir com boa vontade e disposição.

A caridade é fonte de vida.

Envolvamo-nos nessa abençoada tarefa e sejamos trabalhadores na seara do Cristo.

Deixemos que o amor de Deus tome nossos corações em favor do próximo, pois é um recurso que temos à nossa disposição a todo o momento.

Façamos, sobretudo, o melhor que pudermos, na felicidade e na elevação de todos os que nos cercam, não somente aqui, mas em qualquer parte; não apenas hoje, mas sempre.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 30, do livro
Jesus no lar
, pelo Espírito Neio Lucio, psicografia de Francisco
Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 26.6.2012.

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Executivo e pai

Ser um executivo de sucesso e pai, ao mesmo tempo, parece impossível.

A empresa exige excessiva dedicação e há executivos que chegam a passar cento e oitenta dias por ano entre aeroportos, táxis e hotéis.

Estudos feitos na Califórnia indicam que um pai típico da década de sessenta costumava passar quarenta e cinco minutos por dia com os filhos. Três décadas depois, esse tempo foi reduzido para seis minutos.

O empresário americano, Tom Hirschfeld, de trinta e seis anos, afirma, no entanto, que é possível ser um ótimo executivo e um ótimo pai.

Com dois filhos, de cinco e dois anos, diz que um pai que consegue driblar as manhas e vontades de um filho de cinco anos, por exemplo, tem todas as condições para tirar de letra quaisquer problemas com um funcionário talentoso, mas complicado.

Homens de negócios, bons empresários, diz ele, podem ser ótimos pais. Assim, aconselha: Conheça seu filho. Descubra os gostos dele, seus amigos e inimigos. Gaste algumas horas com ele.

Faça com que seu filho tenha confiança em você. Marque presença. Administre sua agenda e esteja presente nos momentos importantes da vida dele.

Saiba quando e a quem delegar a sua substituição. Assim, não deixe a babá levar o seu filho para a cama só porque você quer assistir o segundo tempo do futebol na TV. Aproveite e esteja com ele.

Faça a oração da noite e se enterneça com as rogativas dele a Deus, que vão do papai e mamãe ao gatinho doente da prima.

Supervisione a escovação dos dentes, a troca do pijama e descubra como ele está crescendo, vencendo suas barreiras.

Resista à tentação de deixar seu filho aos cuidados da televisão ou do computador. Nada é tão importante como a presença, o toque, a palavra.

Não há necessidade de estar cem por cento do tempo com os filhos, mas aprenda a reservar um bom tempo para a família.

O restante é seu, não importando o que você faça com ele.

E não se esqueça que é preciso ter disciplina, pois a melhor forma de ensinar ainda é o exemplo. E o melhor caminho é o diálogo.

*   *   *

No trato com os filhos, seja sempre imparcial, a fim de não incorrer em injustiças.

Mas não confunda justiça com igualdade. Cada filho, por sua personalidade única, deve ser tratado de forma diferente.

Dose, portanto, sua energia com uns e outros.

Com certeza, a tarefa não é fácil. Contudo, você tem um aliado invencível: Deus, nosso Pai, que sempre está ao seu lado e lhe responderá às indagações que Lhe dirigir pela prece sincera.

Redação do Momento Espírita, com base no artigo Não basta
ser executivo... Tem que ser pai, de Alexandre Alfredo, da revista
Exame, de 11 de agosto de 1999.
1.8.2012.

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Estranho versículo

Era uma noite fria na cidade de Chicago. O garotinho vendia jornais na esquina. Mas o frio era tanto que as pessoas passavam quase correndo, buscando as suas casas e nem paravam para comprar o jornal.

Por isso, o menino se aproximou de um policial e perguntou se ele lhe poderia arrumar um lugar quente para dormir, naquela noite. Estava muito frio para dormir na caixa de papelão no beco, como sempre.

O policial olhou para ele e falou:

Desça a rua até encontrar uma casa branca. Bata na porta e quando alguém vier abrir, diga: João 3:16.

O menino obedeceu e, quando uma senhora simpática atendeu, ele falou: João 3:16.

Ela o recolheu e o levou para se sentar em uma poltrona, próximo da lareira.

Ele pensou: Não sei o que quer dizer João 3:16, mas com certeza é uma coisa boa porque aquece um menino numa noite fria.

Mais tarde, a senhora o levou para a cozinha e lhe ofereceu farta comida. Enquanto se alimentava, o pequeno pensou:

Não estou entendendo, mas o que é certo é que João 3:16 sacia a fome de um menino.

Depois, ela o levou até o banheiro e ele mergulhou em uma banheira cheia de água quente.

Ainda molhado, ele pensou: João 3:16. Com certeza eu não entendi. Mas isso faz um menino sujo ficar limpo. Que me lembre, o único banho de verdade que tomei foi quando fiquei em frente a um hidrante de incêndio, que esguichava água fria.

A senhora o levou até o quarto e o colocou em uma grande cama e o cobriu com um cobertor macio. Deu-lhe um beijo de boa noite e apagou as luzes.

No escuro do quarto, ele olhou pela janela e observou a neve caindo lá fora.

Na manhã seguinte, a senhora o despertou e lhe ofereceu um delicioso café. Depois o levou para a mesma poltrona em frente à lareira, apanhou o Evangelho e perguntou:

Você entendeu João 3:16?

Não, senhora. Quem me disse para lhe falar isso foi um policial, ontem à noite.

Ela abriu o Evangelho de João e leu o versículo dezesseis do capítulo três: Porque Deus amou tanto o mundo, que deu seu único filho. E aquele que acredita nele não morrerá, mas terá vida eterna.

E a boa senhora lhe falou a respeito de Jesus e do Seu grande amor para com todos os homens.

O garoto continuou sentado, ouvindo e ouvindo. Finalmente, falou: Senhora, tenho que lhe dizer: ainda não consigo entender como Jesus concordou em vir à Terra e sofrer tudo o que sofreu, para nos ensinar o amor.

Mas uma coisa eu entendi muito bem. Tudo isso faz a vida valer a pena.

*   *   *

Jesus é o nosso norte, nosso roteiro.

Os que O seguem, são identificados na Terra pela sua postura perante a vida. Onde quer que se encontrem, semeiam.

E as suas sementes são luz nas estradas das vidas cheias de dores.

Na esteira dos seus passos, brilham estrelas que se acendem na noite dos tempos. Anonimamente, servem ao próximo, doando pão a bocas famintas, agasalho aos que padecem frio, esperança àqueles que perderam a fé na vida.

Como uma Via Láctea iluminada, apontam o caminho de estrelas na direção do Cristo que, hoje e sempre, é o Amor Incondicional que a todos ama.

Redação do Momento Espírita, com base em história de
autoria ignorada e no cap. 1, do livro
O semeador de
estrelas,
de Suely Caldas Schubert, ed. Leal.
Em 13.07.2012.

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Errata

Errata é uma ferramenta valiosa para compensar algum escorregão que passou pelo processo de impressão.

Podemos encontrar essas correções tipográficas em livros, manuais ou outras publicações.

Geralmente a errata é impressa nas páginas finais da obra ou em folha separada.

Tais correções e outras que venham a ser descobertas serão incorporadas à obra numa edição posterior, à qual se costuma incluir o subtítulo: edição revista e corrigida.

Pensando em nossa vida, nos indagamos se não seria interessante que pudéssemos fazer algumas erratas.

Quando falamos algo de forma indevida, indelicada, como apreciaríamos poder apontar: onde se ouviu de tal forma, por favor, entenda-se dessa outra.

Quando um amigo nos vem relatar suas dores e, atarefados em demasia, não lhe damos maior atenção, como seria importante se pudéssemos estabelecer a errata:

Desconsidere o momento em que fui desatencioso com você e, por gentileza, considere que eu me importo com o que lhe acontece. Posso visitá-lo?

Algumas pessoas dizem que na vida as coisas não acontecem assim, que não dá para ficar elaborando errata a cada falha cometida.

Elas têm razão, pois algumas das nossas falhas somente as percebemos quando é tarde demais, quando não se pode mais fazer o ajuste.

Recordamos daquele pai que fica imerso em negócios e mais negócios, sem tempo para seus filhos.

Quando a filha o convida para ensaiar uns passos de dança, no parque, ele se esquiva, com a desculpa de que é ridículo o que ela propõe.

Ela é uma criança, cheia de fantasia. Para ela, o parque é um salão de festas, a música que toca no aparelho de cd é uma grande orquestra.

E ela dança só, enquanto o pai simplesmente lhe observa a graciosidade dos movimentos de menina.

Mas, depois, quando ela adoece e parte para a outra vida, de forma rápida, ele recorda que poderia tê-la tido nos braços mais tempo, que poderia ter brincado mais, ter-lhe dado mais atenção.

Como ele apreciaria poder fazer a errata: Naquele dia, quando eu disse que não queria dançar, entenda que eu era um tolo e desejo muito dançar com você.

Bem disse alguém que as lágrimas mais doloridas derramadas sobre os túmulos são as lágrimas do remorso.

Remorso de não ter estado mais presente, de não ter atendido pequenas coisas, de não ter abraçado mais, beijado mais.

Remorso de não ter demonstrado seu amor com todo vigor, sem peias, sem tolos pudores.

*   *   *

Errata – ferramenta valiosa, mas não disponível em todos os lances da nossa vida.

Com certeza, teremos possibilidade de pedir perdão, de solicitar desculpas, de reparar faltas cometidas. Mas, nem todas.

Por vezes, a pessoa já se foi, o tempo é outro, a distância se faz imensa.

Por tudo isso, invistamos na vida, no amor, nos relacionamentos.

Não aguardemos que o tempo se escoe e que a errata somente possa ser feita, em nova impressão, ou seja, em uma nova reencarnação, como uma obra reeditada, revista e corrigida.

Ajamos já.

Redação do Momento Espírita.
Em 18.07.2012.

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Entendimento

Nos tempos antigos, havia um grande explicador dos textos evangélicos.

Tratava-se de um sábio sempre disposto ao serviço da compreensão e da bondade.

Talvez por isso, tenha organizado uma escola em que ensinava com indiscutível sabedoria.

Certa feita, prestou especial atenção em um aprendiz que se lamuriava de maus tratos recebidos na via pública.

Convidou o jovem para saírem pelas ruas de Jerusalém, implorando esmola para determinados serviços do templo.

A maioria dos transeuntes dava ou negava, com indiferença.

Contudo, em uma esquina movimentada, um homem vigoroso respondeu-lhes a rogativa com aspereza e zombaria.

O mestre tomou o aprendiz pela mão e ambos o seguiram, cuidadosos.

Não andaram muito tempo e o viram cair ao solo, ralado de dor violenta, provocando o socorro geral.

Em breve, verificaram que o irmão irritado sofria de cólicas mortais.

Demandaram adiante, quando foram defrontados por outro cavalheiro, que sequer se dignou a lhes responder à súplica.

Ele se limitou a lançar, na direção dos pedintes, um olhar rancoroso e duro.

Orientador e tutelado lhe acompanharam os passos.

Quando o homem alcançou a própria casa, nela havia um compacto grupo de pessoas chorosas.

Ele, aparentemente insensível, prorrompeu em prantos, pois tinha no lar uma filha morta.

Mestre e discípulo prosseguiram esmolando na via pública.

Logo receberam fortes palavrões de um rapaz a quem tinham se dirigido.

Retraíram-se ante tanta agressividade.

Mas logo se conscientizaram de que era um pobre louco.

Em seguida, ouviram atrevidas frases de um velho que lhes prometia pedradas e prisão.

Decorridas algumas horas, souberam que o infortunado era um negociante falido.

De senhor, ele se convertera em escravo, o que lhe amargurara a existência.

Então, o respeitável instrutor passou a comentar com seu aluno a lição do dia.

Falou-lhe da necessidade do entendimento por sagrado imperativo da vida.

Salientou a importância de não se queixar daqueles que exibem expressões de revolta ou desespero porque, na maioria dos casos, quem demonstra mau humor permanece em estrada mais escura e espinhosa do que a nossa.

*   *   *

Quando encontrarmos os portadores da aflição, convém ter piedade.

Se possível, devemos auxiliá-los na conquista da paz íntima.

O touro retém os chifres por não haver atingido, ainda, o dom das asas.

As pessoas não são complicadas e tristes porque querem.

Elas apenas não conseguem ser diferentes, em seu atual momento.

Sem refletir, reclamamos da incompreensão alheia.

Mas não investimos tempo para prestar atenção nas tragédias que permeiam a vida do próximo.

Antes de qualquer julgamento, impõe-se um esforço para entender o semelhante.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 35 do livro
Jesus no lar,
pelo Espírito Neio Lúcio, psicografia de Francisco
Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 3.8.2012.

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A atriz Rita Hayworth tornou-se famosa vivendo nas telas o mito da mulher sensual. Em 1946, tornou-se deusa do amor interpretando o papel que lhe daria maior glória: Gilda.

Dali em diante foi sempre difícil para ela conseguir que as pessoas separassem Rita de Gilda. As pessoas a olhavam e a viam como Gilda, a personagem do filme.

Por isso mesmo, Rita chegou a se casar por sete vezes. Em suas entrevistas, ela dizia que jamais conseguira ser verdadeiramente amada.

Os homens procuram Gilda, namoram Gilda, casam-se com Gilda e depois descobrem que sou Rita, simplesmente Rita.

O que a famosa atriz queria dizer é que os homens não conseguiam vê-la como o ser humano, com defeitos, com desejos e anseios muito diferentes daqueles da personagem que interpretava no filme. Por isso, acabavam se desiludindo e abandonando-a.

Isso acontece muito. Trata-se do que Erich Fromm chama de amor sentimental. É o amor que só é experimentado em fantasia e não nas relações concretas com a pessoa, que é real.

Assim, homens e mulheres, que não se sentem felizes em seus casamentos, encontram satisfação no consumo de filmes, novelas, contos amorosos e canções de amor.

Comovem-se até às lágrimas quando participam da feliz ou infeliz história de amor do casal, na tela, como se fosse a sua própria história.

As mulheres que ficam aguardando um gesto de gentileza do marido, alguma atitude romântica e nada recebem, escolhem como seu ideal o galã da telenovela da atualidade.

Sim, aquele é um homem verdadeiramente gentil. Ele sabe elogiar o cabelo, a roupa nova da sua amada. Tem a capacidade de renunciar à companhia dos amigos para estar com ela. Manda flores, escreve e fala frases bonitas.

Assim também o homem que vê no papel da atriz o seu ideal de mulher e se torna espectador do amor alheio.

Vibra com tudo o que a cena lhe mostra, mas quando retorna à sua vida real, se torna frio.

No entanto, amar, antes de tudo, consiste em dar, não em receber.

E o que uma pessoa pode dar para outra? A mais importante maneira de dar não está nas coisas materiais, está em dar de si mesmo, do que tem de mais precioso, dar de sua vida.

Dar da sua alegria, da sua compreensão, da sua atenção, da sua tristeza, enfim, de todas as expressões e manifestações daquilo que vive em si.

*   *   *

O amor é de essência divina. Todos os homens, do primeiro ao último, têm, no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado.

O amor é o mais elevado dos sentimentos. É esse sol interior que reúne em seu ardente foco todas as aspirações sobre-humanas.

Quem ama encontra, todos os dias, razões para a própria felicidade que é, em síntese, a felicidade daqueles que ama.

Redação do Momento Espírita, com base nos caps. II e III, do
livro
A arte de amar
, de Erich Fromm, ed. Itatiaia e nos itens 8 e 9 do
cap. XI de O
evangelho segundo o espiritismo
, de Allan Kardec, ed.
Feb.
Em 4.7.2012.

O farol

 

 

 

 

 

Em meio ao mar, surge a construção de pedras, solene. É um farol, destinado a orientar o rumo dos viajores, nas noites escuras.

 

Se não podemos impedir a guerra, temos recursos para evitar as discussões perturbadoras que nos alcançam.

 

 

 

Quem quer que viaje em alto mar se sente seguro quando, em meio à escuridão, vê surgir o farol.

 

Se não conseguimos alimentar a multidão esfaimada, podemos oferecer o pão generoso para alguém.

 

 

 

Ele está lá para servir, para advertir, para salvar.

 

Se não dispomos de saúde para doar aos enfermos, podemos socorrer alguém que sofre dores, oferecendo a medicação devida. Talvez possamos ser o intermediário entre o doente e o hospital, facilitando-lhe o internamento.

 

 

 

A sua luz se projeta a distâncias enormes e, espancando a escuridão, permite que os que navegam possam perceber a proximidade dos recifes, os perigos imersos na noite.

 

Se não podemos resolver a questão do analfabetismo, podemos criar condições propícias para que alguém tenha acesso à escola.

 

 

 

O mar investe contra ele, noite e dia. Lança sobre ele as suas ondas, com furor. Vagas enormes lambem as pedras que se erguem, majestosas.

 

Mais do que isso. Podemos nos interessar pelos filhos dos que nos servem, buscando saber se não lhes faltam cadernos e livros, para a continuidade dos estudos básicos.

 

 

 

No fluxo e refluxo das ondas, o farol continua a iluminar, imperturbável.

 

Enfim, o importante é continuarmos a fazer a nossa parte, contribuindo com a claridade que possamos projetar, por mínima que seja.

 

 

 

Seu objetivo é servir. Noite após noite, ele estende a sua luz. Não se incomoda com os continuados e perigosos golpes que o mar lhe desfere.

 

Imitemos o farol em pleno mar. Aprendamos a fazer luz.

 

 

 

Se, em algumas noites, ninguém se aproxima, desejando a sua orientação, também não se perturba.

 

* * *

 

 

 

Solitário, ele lança sua luminosidade, sem se preocupar com o isolamento.

 

A maior glória da alma que deseja ser feliz é transformar-se em luz na estrada de alguém.

 

 

 

Ele continua a postos para qualquer eventualidade, quando a necessidade surja, quando alguém precise dele.

 

O raio de luz penetra a furna, levando claridade. Estende-se sobre o vale sombrio e desata o verdor da paisagem.

 

 

 

* * *

 

Atinge a gota d'água e a transforma em um diamante finíssimo.

 

 

 

No mar das experiências em que nos encontramos, aprendamos a trabalhar e cooperar, sem desânimo.

 

Viaja pelo ar e aquece as vidas.

 

 

 

Permaneçamos sempre a postos, prontos a estender as mãos a quem necessite. Poderá ser um amigo, um irmão ou simplesmente alguém a quem nunca vimos.

 

Como a luz, podemos desfazer sombras nos corações e drenar pântanos nas almas. Podemos refazer esperanças e projetar alegrias.

 

 

 

Com certeza não solucionaremos todos os problemas do mundo. No entanto, podemos contribuir para que isso aconteça.

 

Enfim, como raios de luz espalhemos brilho e calor, beleza, harmonia e segurança.

     
   

Redação do Momento Espírita, com base nos caps. 19 e 20, do livro Rosângela, pelo Espírito homônimo, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.

 

Amor que não acaba

Até que ponto vai a capacidade de amar do ser humano? Quanto tempo dura o amor?

Ele estava noivo e há dois anos pediu em casamento Juliana Ramos. A jovem bela, entusiasta. Formavam um casal primoroso.

Um poeta da música disse, certa vez, que o amor é eterno enquanto dure.

Dois meses antes do casamento, no dia dois de outubro de 2009, o carro de Juliana foi atingido por um caminhão. Ela quase não sobreviveu.

E todos os desiludidos, os traídos e abandonados têm impressões muito próprias a respeito do amor, onde a tônica principal é de que amor eterno não existe.

Uma grave fratura no crânio desfigurou seu rosto e a transformou em uma mulher com muitas limitações físicas.

Contradizendo tudo isso, alguns fatos, que a mídia televisiva ou impressa nos traz, afirmam que o amor verdadeiro é uma sinfonia inigualável.

Foi-se a beleza, a agilidade, o sorriso fácil, as caminhadas, a dança, a alegria de todas as horas.

Foi com esse sentimento que Chris Medina, um rapaz de vinte e sete anos, se apresentou em um programa de talentos, cantando uma música de sua autoria.

Ele permaneceu ao lado dela. Leva-a consigo para onde vá. E faz shows para arrecadar fundos para o tratamento de que ela necessita.

Os versos diziam mais ou menos assim:

E isso ele externaliza cantando e agindo.

Onde quer que você esteja, estou perto. Em qualquer lugar que você vá, eu estarei lá.

*   *   *

Toda vez que sussurrar meu nome, você verá como mantenho cada promessa. Que tipo de cara eu seria se fosse embora, quando você mais precisasse de mim?

Quando se ama a beleza e ela se vai, o amor acaba. Quando se amam as formas perfeitas, a plástica, as linhas harmônicas do corpo e tudo isso se vai, o amor também se esvai.

O que são palavras se você realmente não acredita nelas quando as diz? Se são apenas para os bons momentos, então elas nada são.

Quando se amam aparências e outra realidade se apresenta, o amor acaba.

Quando há amor, se diz em voz alta e as palavras não vão embora. Elas vivem mesmo quando partimos.

Quando se ama a transitoriedade, o amor fenece quando as situações se alteram.

Eu sei que um anjo foi enviado apenas para mim. Sei que devo estar onde estou. E vou permanecer ao seu lado esta noite.

Mas, quando se ama a essência, nada diminui o sentimento.

Nunca partiria quando você mais precisa de mim.

Esse amor é companheiro, solidário, se esmera para que o outro se sinta bem, seja feliz.

Vou manter meu anjo perto para sempre.

A sua é a preocupação de fazer a felicidade do outro.

Ele não conseguiu vencer todas as etapas do concurso, sendo eliminado, em determinada fase, mas sua história levou às lágrimas os jurados e o público presente.

Amor assim se perpetua no tempo, independente da soma dos anos, da multiplicação das rugas ou da diminuição da agilidade.

Porque a sua composição retrata exatamente o seu drama e sua decisão pessoal. É uma verdadeira declaração de amor.

É o amor que sabe envelhecer junto e quanto mais passa o tempo, mais se solidifica.

Redação do Momento Espírita, com base em fato.

 
 

Não nos permitamos

Refletindo sobre nossos companheiros de jornada, é provável que, em alguns momentos da vida, nos deparemos com uma angustiante questão.

Verificamos então, que talvez tenhamos nos permitido adotar algumas atitudes que podem ter nos distanciado lenta e gradativamente dos seres amados.

Olhamos para nossos pais, cônjuge, filhos ou amigos e nos perguntamos: Quando foi a última vez que recebi ou que lhes ofertei um abraço?

Foi o Bom dia deixado de lado pela pressa de começar logo as atividades de mais uma jornada de trabalho; o Boa noite esquecido, vencido pelo cansaço.

O toque, seja através do afago, do beijo ou do abraço expressa nossos sentimentos, enche a vida de ternura e aquece a alma de quem o oferece e de quem o recebe.

Os sentimentos ocultados pela quietude diária, onde cada um se envolve apenas com suas próprias questões pessoais.

As manifestações sinceras de afeto fazem as pessoas se sentirem amadas e queridas pois demonstram o amor que as envolve.

A falta de compreensão e de companheirismo, o egoísmo, as mentiras sutis, as mágoas acumuladas e os pequenos desentendimentos.

Ter a liberdade de falar sobre os sentimentos e expressá-los, com equilíbrio e sensatez, também mantém apertados os laços que nos unem às pessoas com as quais nos relacionamos.

Essas atitudes são como gotas pequeninas que, com o tempo, se transformam em imensos oceanos.

Ao constatarmos a distância estabelecida sutilmente entre os afetos, uma grande tristeza nos invade. É o momento em que  nos questionamos: Quando e como começou a ser estabelecida essa distância?

E quando nos damos conta, não mais sabemos atravessar esse espaço e tocar alguém que tanto estimamos.

Como pudemos permitir que chegasse a esse ponto? Quem foram os responsáveis? E agora? Como fazer para construir novamente essa ponte de ligação com as pessoas amadas?

*   *   *

Olhamos para trás buscando as respostas, na tentativa de começar a construir um caminho diferente, uma nova aproximação.

Não deixemos que isso aconteça pois transpor essa distância que construímos é uma difícil tarefa.

Muitas vezes, essas respostas não serão facilmente encontradas pois, por mais que busquemos nos arquivos de nossa memória, será difícil identificar o registro de quando foi que tudo começou.

Não nos permitamos deixar de dar o sorriso de boas vindas, o abraço de despedida, o afago de boa noite e de bom dia. Esse esquecimento pode significar o início dessa barreira invisível que se forma entre as pessoas.

Essa análise do passado é importante, pois descobrindo onde erramos, podemos, a partir dessa constatação, agir de outra forma.

Falar sobre os sentimentos, perguntar com interesse como vai o outro, escutar, importar-se, perceber o que incomoda, vibrar com o que felicita, dividir as angústias e as alegrias, faz muita diferença.

Lembremos que todas as manifestações sinceras de carinho e amor são vibrações que envolvem o próximo, aquecem as almas, alegram e embelezam a vida.

Redação do Momento Espírita.

 
 

Página do caminho

Para se lançar nas atividades do bem, não aguarde o companheiro perfeito.

De um modo ou de outro, cada homem responde pelas consequências que gera.

A perfeição não costuma se fazer presente na rota dos seres em evolução.

Na hora de enfrentá-las, será de pouco conforto lembrar que outros também padecem pela adoção de semelhante conduta.

Você esperava ansiosamente a criatura irmã para formar o lar mais ditoso.

É normal desejar companheiros de ideais e afeições puras nas quais se fortaleça.

Entretanto, o matrimônio lhe trouxe alguém a reclamar sacrifício e ternura.

Mas, quase sempre, aqueles a quem você considera como os afetos mais doces possuem importantes fragilidades.

Contava com seu filho para ser um amigo próximo e fiel, a compartilhar seus sonhos e ideais.

Deseja que sejam autênticos sustentáculos na luta, quando simbolizam tarefas que solicitam renúncia e amor de sua parte.

Contudo, ele alcançou a mocidade e fez-se homem sem se interessar por seus projetos.

Se deseja viver no bem, não valorize o gelo da indiferença e o fel da incompreensão.

Você se amparava no companheiro de ideal, que lhe parecia digno e dedicado.

Lembre-se de que o coração mais belo que pulsou entre os homens respirava na multidão e seguia só.

Mas, de um momento para o outro, a amizade pura degenerou em discórdia e indiferença.

Possuía legiões de Espíritos angélicos.

Mantinha fé no orientador que parecia venerável, em suas palavras sábias e em seus atos convincentes.

Mas aproveitou o concurso de amigos frágeis que O abandonaram na hora extrema.

No entanto, um dia ele caiu de modo formidável, arrastado por tentações de que não se preveniu a contento.

Ajudava a todos e chorou sem ninguém.

É compreensível e humana a dor de ver ruírem esperanças e relações.

Mas, ao carregar a cruz, no monte áspero, continuou a legar preciosas lições à Humanidade.

Contudo, embora mais solitário, continue firme no trabalho edificante que lhe constitui o ideal.

Ensinou que as asas da Imortalidade podem ser extraídas do fardo de aflição.

Cada homem carrega consigo seus potenciais e dificuldades.

Também mostrou que, no território moral do bem, alma alguma caminha solitária.

A queda e a deserção de um não justificam as de outro.

Embora a aparente derrota no mundo, todas seguem amparadas por Deus rumo a destinos gloriosos.

Sempre é possível mirar-se em quem cai e passa a rastejar.

Pense nisso.

Entretanto, convém antes pensar nos que seguem adiante, altivos e valorosos.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 33, do livro O

Espírito da Verdade, por Espíritos diversos, psicografia de

Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.

Pai, eu estou observando você

 

 

 

 

 

Pai...

Você não sabe disto agora... mas eu estou observando você.

Você está me ensinando como viver... Ainda que não saiba disso.

Observando as coisas que você faz. Observando como você trata as pessoas.

*   *   *

O modo como você trata a mim, a minha mãe e a minha irmã.

O exemplo é fundamental no processo de aprendizado de qualquer ser humano, sobretudo no seu período infantil.

O modo como você vive está tendo um grande impacto em mim.

As referências que o filho tem em casa, daqueles que são seus tutores na nova vida, serão determinantes para a moldagem de seu caráter.

Quando chegar a minha hora de escolher uma profissão,

Há uma tendência, perfeitamente natural, de repetirmos a conduta de nossos pais.

e prover minha família, a sua ética no trabalho estará na minha mente.

A influência é tão forte, que extrapola a parecença comportamental e se estende até a semelhança dos gestos, da maneira de falar, de organizar ideias, etc...

O tempo que você passa comigo, mesmo que fazendo algo bobo, fará com que eu me sinta mais confiante.

São esses referenciais de conduta que irão ser confrontados, já a partir da primeira infância, com tudo aquilo que a alma imortal traz em sua bagagem milenar.

Haverá momento em minha vida, em que lutarei com minha integridade e, talvez, não esteja certo do que fazer.

Se as referências forem positivas, há uma chance muito maior de que o filho venha a obter sucesso em sua nova jornada.

Mas me recordarei de como você defendia aquilo que era correto, mesmo quando você podia ter olhado para o outro lado.

Por isso, pais e mães, muito cuidado com o que estamos passando aos nossos filhos.

Algumas das escolhas que você está fazendo, eu também farei.

Não só através de palavras, de discursos, mas sobretudo através de nossa conduta.

Por favor, não tenha medo de me mostrar seus fracassos,

de mostrar os seus erros. Eu aprenderei com eles.

Tudo que apresentarmos como normal na vida no lar, tende a se normalizar na vida da criança.

Pai, você está ouvindo? Eu estou observando você...

Os filhos estão nos observando sempre e construindo, em cada momento ao nosso lado, seu sucesso ou infelicidade futuros.

Observando se você crê realmente naquilo que fala sobre Deus.

Todos ganhamos quando passamos a vigiar nossa maneira de agir no mundo: os filhos, pois terão referencial seguro, maduro. Os pais, pois conseguem a motivação que lhes faltava para se autotransformarem.

Eu preciso da sua ajuda para me mostrar o caminho.

A oportunidade da convivência familiar é única. Aproveitemos com sabedoria.

Mostrar-me como viver uma vida que não é segura. Mas é boa!

Eu estou observando, pai. Todos os dias.

Redação do Momento Espírita com base em texto extraído de

vídeo encontrado na Internet, sem menção a autor.

Lucros

No Evangelho, há uma interessante passagem conhecida como A parábola do rico insensato.

 

Atingida semelhante equação, o viajor olha para trás e sente frio.

 

 

 

Trata-se de um homem que havia trabalhado muito para ajuntar bens.

 

Prende-se, de maneira inexplicável, aos resultados de tudo o que amontoou na crosta da Terra.

 

 

 

Quando finalmente se deu por satisfeito, propôs-se a gozar de sua fortuna.

 

A sua consciência se enche de sombrias nuvens.

 

 

 

Contudo, o Senhor da vida deliberou nessa mesma noite promover o regresso do rico ao plano espiritual.

 

E a voz do Evangelho lhe soa aos ouvidos: Pobre de você, porque seus lucros foram perdas desastrosas.

 

 

 

Daí se colocou a questão: Para quem seria tudo o que ele tinha ajuntado?

 

E o que tem ajuntado, para quem será?

 

 

 

*   *   *

 

É importante meditar sobre essa lição enquanto se está a caminho.

 

 

 

Essa lição não poderia ser mais atual.

 

Os bens do mundo são preciosos enquanto instrumentos de realização da paz.

 

 

 

Em todos os agrupamentos humanos, palpita a preocupação de ganhar.

 

O trabalho é um meio de vida e não de morte.

 

 

 

O espírito de lucro alcança os setores mais singelos.

 

A título de enriquecer ou ter mais conforto não compensa esquecer o essencial.

 

 

 

Meninos, mal saídos da primeira infância, mostram-se interessados em amontoar egoisticamente alguma coisa.

 

É inútil brindar os filhos com coisas e não se fazer presente em suas vidas, com palavras e exemplos dignos.

 

 

 

Mães numerosas abandonam seu lar a desconhecidos, a fim de experimentarem a mina lucrativa.

 

As posições tão cobiçadas no mundo sempre terminam por trocar de mãos.

 

 

 

Pais deixam de dar atenção a sua família, enquanto multiplicam ao extremo as horas de trabalho.

 

Constitui loucura convertê-las no objetivo da existência.

 

 

 

Nesse sentido, a maioria das criaturas converte a marcha evolutiva em corrida inquietante.

 

É preciso viver no mundo, sem ser do mundo.

 

 

 

No entanto, por trás do sepulcro, ponto de chegada de todos os que saíram do berço, a verdade aguarda o homem e interroga: O que você trouxe?

 

Fazer os sacrifícios necessários à vida na Terra.

 

 

 

O infeliz tende a responder que reuniu vantagens materiais.

 

Mas jamais esquecer que se está apenas de passagem por ela, com destino ao infinito.

 

 

 

Diz que se esforçou para assegurar a posição tranquila de si mesmo e dos seus.

 

Pense nisso.

 

 

 

Examinada, porém, a sua bagagem, quase sempre as pretensas vitórias são derrotas fragorosas.

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 56 do

 

 

livro Caminho, verdade e vida, pelo Espírito Emmanuel,

Elas não constituem valores da alma, nem trazem o selo dos bens eternos.

 

psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.

 

 

Em 08.03.2012.

Quando todos colaboram...

Num tranquilo e feliz bairro de subúrbio, onde as casas têm cercas com arranjos de flores, há uma única casa sombria e cujo jardim está morto.

As imagens são rápidas e engraçadas. Mas o importante a se registrar é o gesto da pequena Agnes.

Os vizinhos não têm conhecimento disso, mas ali se encontra o esconderijo secreto de um vilão assustador chamado Gru, que planeja o maior golpe do mundo: ele vai roubar a lua.

Ela não tem ideia de quantos mil ou milhões são necessários para concluir o projeto de Gru. Nem cogita ser uma loucura querer roubar o satélite da terra.

Gru acredita que pode vencer qualquer um que cruzar o seu caminho. Isso até o dia em que conhece as garotinhas órfãs Margô, Edith e Agnes.

Ela se dispõe a contribuir com as moedinhas do seu cofre. E, em total desprendimento, as oferece.

Elas são as únicas que conseguem ver naquele homem o que ninguém jamais viu: um pai em potencial. E o amor delas mostrará o ser bom que ele é.

*   *   *

Este é o enredo de um desenho animado, traduzido ao idioma português como meu malvado favorito. Parece mais ser uma obra para adultos, tal a profundidade dos ensinamentos.

Pensemos em quantas vezes observamos situações difíceis, criaturas em dificuldades e paramos no muro do não tenho condições de ajudar.

Ali colhemos, entre tantos, um detalhe deveras interessante. Ocorre que, em determinado ponto da sua estratégia para roubar a lua, Gru se vê sem recursos.

Mas, o importante é ofertar o que se pode. O gesto inicial de alguém desencadeia o contágio do bem e, logo, outros tantos se dispõem ao auxílio.

Triste, ele vai até os seus subordinados e confessa estar falido. O banco não lhe dera mais crédito e ele não dispõe de dinheiro para continuar o projeto.

Por isso, da próxima vez que você tiver à frente uma dificuldade de alguém e desejar auxiliar, não detenha o gesto. Ofereça o que tiver.

Há tristeza e desencanto na sua voz. Ele é um homem derrotado, fracassado, cujo mais arrojado projeto jamais poderá ser executado.

Mesmo que isso seja somente a solidariedade de um abraço a dizer: estou contigo!

Exatamente neste momento, adentram o local as três meninas. Gru fala, com leve tom de irritação, que aquela é uma reunião de negócios.

Ou o ombro amigo para que o outro possa encharcá-lo com lágrimas.

Então Agnes, a menorzinha, de olhos grandes e expressivos, demonstrando que entendera toda a problemática, sorri e ergue seu cofrinho.

Ou você pode iniciar uma campanha, depositando o primeiro real.

É o suficiente. Logo, um dos ajudantes de Gru entende a mensagem e ergue uma nota. O contágio da doação é geral. Cada qual mostra o que tem e está disposto a contribuir.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.

Por fim, reúne-se o necessário para dar andamento ao projeto.

Em 13.03.2012.

 

 

Cuidando do corpo

   
     

Deepak Chopra é médico formado na Índia, com especialização em Endocrinologia nos Estados Unidos, onde está radicado desde a década de setenta.

 

A ansiedade por causa de um exame acaba passando, assim como a depressão por causa de um emprego perdido.

 

 

 

Filósofo de reputação internacional, já escreveu mais de três dezenas de livros, sendo um dos mais respeitados pensadores da atualidade.

 

Assim, se desejamos saber como está nosso corpo hoje, basta que nos recordemos do que pensamos ontem.

 

 

 

A respeito do ser humano saudável, ele escreveu: Somos as únicas criaturas na face da Terra capazes de mudar nossa biologia pelo que pensamos e sentimos!

 

Se desejamos saber como estará nosso corpo amanhã, será suficiente que examinemos nossos pensamentos hoje.

 

 

 

Nossas células estão constantemente bisbilhotando nossos pensamentos e sendo modificadas por eles.

 

Abrir nosso coração para a  alegria, às coisas positivas é medida salutar. Se desejamos gozar de saúde física, principiemos a mudar nossa maneira de pensar.

 

 

 

Um surto de depressão pode arrasar nosso sistema imunológico.

 

Não foi por outro motivo que o Celeste Médico das nossas almas, conhecedor profundo de todas as leis que regem nosso planeta, foi pródigo em exortações como:

 

 

 

Apaixonar-se, ao contrário, pode fortificá-lo tremendamente.

 

Não vos inquieteis, dizendo: "Que comeremos" ou "Que beberemos", ou "Que vestiremos"?

 

 

 

A alegria e a realização nos mantêm saudáveis e prolongam a vida.

 

Pois estas coisas os gentios buscam. De fato, vosso Pai Celestial sabe que necessitais de todas estas coisas.

 

 

 

A recordação de uma situação estressante, que não passa de um fio de pensamento, libera o mesmo fluxo de hormônios destrutivos que o estresse.

 

Portanto, não vos inquieteis com o amanhã, pois o amanhã se inquietará consigo mesmo! Basta a cada dia o seu mal. Com isso, recomendava que não nos deixássemos abraçar pela ansiedade.

 

 

 

Nossas células estão constantemente processando as experiências e metabolizando-as, de acordo com nossos pontos de vista pessoais.

 

E mais: Andai como filhos da luz.

 

 

 

Quando nos deprimimos por causa da perda de um emprego, projetamos tristeza por toda parte no corpo. A produção de neurotransmissores, por parte do cérebro, se reduz. Baixa o nível de hormônios. O ciclo de sono é interrompido.

 

Ora, os filhos da luz iluminam, vibram positivamente, porque luz tem a ver com tudo de bom.

 

 

 

As plaquetas sanguíneas ficam mais viscosas e mais propensas a formar grumos. Os receptores neuropeptídicos, na superfície externa das células da pele, se tornam distorcidos.

 

Pensemos nisso e cultivemos saúde física. Afinal, necessitamos de um corpo saudável para bem atender os compromissos que nos cabem.

 

 

 

E, até nossas lágrimas passam a conter traços químicos diferentes das lágrimas de alegria.

 

Que se diria de quem não cuidasse de seu instrumento de trabalho?

 

 

 

Contudo, nosso perfil bioquímico é alterado, quando nos encontramos em nova posição.

 

 

 

 

 

 

 

Redação do Momento Espírita, com dizeres do texto Mutantes, de

 

 

Deepak Chopra e dos versículos 31, 32 e 34 do cap. 6 do

 

 

Evangelho de Mateus.

 

 

Em 19.03.2012.

 

Tranquilizar-se em Deus

 

A questão do tempo

     

Não há quem percorra os caminhos da vida isento das dificuldades e situações desafiadoras.

 

O vestibulando chega correndo ao local da prova, mas o portão se fecha à sua frente. Ele senta e desaba.

As vidas tranquilas, os cotidianos previsíveis também têm seus dias de dores, de problemas e de aflições.

 

Tanto esforço. Tanta preparação. Tanto estudo. Tudo perdido por um atraso mínimo de segundos.

Alguns surgem de repente, qual tsunami arrastando e arrasando tudo que aparentemente parecia tão em ordem.

 

O pedestre observa o sinal vermelho, mas decide atravessar correndo porque está atrasado para um compromisso.

Outros se fazem tempestade de longo prazo, que se inicia lenta, ganhando força com o tempo e arrancando o que haja pela frente.

 

Freada brusca. Susto. Talvez ferimentos graves. Tudo por questão de um segundo de precipitação.

Não poucos, no mundo, enfrentam os mais graves desafios.

 

O funcionário chega correndo, esbaforido, bate o cartão e vai para seu local de trabalho.

Ora o companheiro, que parecia tão feliz ao nosso lado, decide romper laços construídos no tempo e se evadir do lar, buscando aventuras.

 

Ali, precisa de alguns minutos para se recompor. Subiu as escadas correndo porque os elevadores estavam lotados e ele não desejava se atrasar, a fim de não ter descontados valores, ao final do mês, em seu salário.

Outros há que, em exame de saúde rotineiro, descobrem a doença invasiva, que já se instalou avassaladora.

 

Desculpas se sucedem a desculpas. Não deu tempo. Não foi possível chegar. Perdi o ônibus. O trânsito estava terrível na hora em que saí.

Tantos são aqueles que, sob os camartelos do clima, veem o lar, os amores, seus pertences serem levados de roldão em poucas horas, sobrando o vazio.

 

Tempo é nossa oportunidade de realização, que devemos aproveitar com empenho.

São as aflições do mundo, as dores da vida a nos acompanhar os dias de aprendizado.

 

A nossa incapacidade de planejar o uso do tempo provoca a desarmonia e toda a série de contratempos.

Todas, independentemente da forma que se apresentem, são as lições necessárias para nosso aprendizado.

 

O tempo pode ser comparado a uma moeda. Se tomarmos de uma porção de ouro e cunharmos uma moeda, poderemos lhe dar o valor de um real.

Dores são oportunidades da alma para a reflexão, o entendimento melhor dos porquês da vida.

 

Este será o valor inscrito. Mas o valor verdadeiro será muito maior, representado pela quantidade do precioso metal que utilizamos.

Mas onde as dores nos encontrem, não nos permitamos abraçar o desespero e o desânimo.

 

As moedas do tempo têm uma cunhagem geral, que é igual para todos: um segundo, um mês, um ano, um século.

Deus será sempre o provedor maior nas dificuldades e o amparo constante ao nosso coração combalido.

 

No entanto, o valor real dependerá do material com que cunhamos o nosso tempo, isto é, o que fazemos dele.

Se atravessamos dias difíceis, muitas vezes sob um silêncio dolorido e ignorado, amparemo-nos em Deus.

 

Para um correto aproveitamento desse tesouro, que é o tempo, é preciso disciplina.

Se sentirmos a solidão dolorida e imensa na alma, mesmo na multidão bulhenta que nos acompanha o caminhar, refugiemo-nos em Deus.

 

Para evitar correria, levantemos um pouco mais cedo. Preparemo-nos de forma rápida, sem tanta enrolação.

Se aflições nos tomam a alma, a rasgar-nos as fibras do sentimento, dilacerando-nos a intimidade, assosseguemo-nos em Deus.

 

Deixemos, desde a véspera, o que necessitaremos para sair, mais ou menos à mão, evitando desperdícios de minutos à procura disto ou daquilo.

Se a consciência gritar, acusando-nos de erros perdidos no silêncio do tempo, mas que nos atormentam o caminhar, aconselhemo-nos com Deus.

 

Se sabemos que o trânsito, em determinados horários, está mais congestionado, disciplinemo-nos e nos programemos para sair um pouco antes, com folga.

Ele será sempre o amparo perante as dores do mundo e o sustento nas necessidades mais íntimas.

 

Esses pequenos cuidados impedirão que percamos compromissos importantes, que tenhamos de ficar sempre criando desculpas para justificar os nossos atrasos, que tenhamos taquicardia por ansiedade ao ver o relógio dos segundos correr célere, demarcando os minutos e as horas.

Ao buscarmos Deus, seja qual for o nosso problema, ao tranquilizarmo-nos em Deus, hauriremos o de que necessitamos para enfrentar os desafios.

 

*   *   *

E, por fim, recordemos, como nos ensinou Jesus, que mesmo um homem mau jamais daria uma serpente ao filho se esse lhe pedisse um pedaço de pão. Que dirá o Pai, que está nos céus, a cuidar de cada um de nós, Seus filhos amados!

 

Na órbita das nossas vidas, não joguemos fora os tempinhos tantas vezes desprezados.

*   *   *

 

Aproveitemos para escrever um ligeiro bilhete de carinho a alguém que esteja enfrentando momentos graves.

Ante os dissabores, mantenhamos nossa confiança em Deus que nos mantém a vida e nos guarda em Seu amor.

 

Telefonemos a um familiar ou amigo que não vejamos há muito tempo.

Mesmo que as dores possam nos parecer além das forças, tenhamos a certeza de que o Pai amoroso e bom está atento. O que nos pareça excesso de sofrimento, logo mais, como tempestade de verão, se acalmará, permitindo-nos ver o céu claro das bênçãos celestes.

 

Cuidemos de um vaso de planta. Desenvolvamos ideias felizes para fazer o bem a alguma pessoa que saibamos necessitada.

Redação do Momento Espírita.

 

Valorizemos os minutos para descobrir motivos gloriosos de viver, para aprender a amar a vida e iluminar o nosso caminho.

Em 01.02.2012

 

 

 

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 3, do livro Vereda familiar, pelo Espírito Thereza de Brito, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter e no cap. O grande tesouro, do livro Uma razão para viver, de Richard Simonetti, ed. Gráfica São João.

 

 

Disponível no livro Momento Espírita v.2, ed. Fep.

 

 

Em 27.01.2012.

 

 

 

 

 

 

Deixai secar primeiro

 

Pobreza

Contam que Carlyle, o célebre historiador escocês, quando ainda era muito moço, teve uma questão bastante grave com um dos seus companheiros. Um dia, sentindo-se insultado, declarou que ia imediatamente exigir satisfações daquele que o havia ofendido.

 

 

Um velho professor, informado do caso, aproximou-se de Carlyle e disse-lhe:

 

Dia desses alguém se encontrou com um indivíduo e, olhando-o, falou: Pobre homem rico.

Meu caro amigo. Tenho longa experiência de vida e conheço as consequências tristes dos atos impetuosos.

 

 

Um insulto é como a lama que cai em nossa blusa. A lama pode ser retirada facilmente, com uma simples escova, quando já está seca.

 

Estranho! Afinal, é rico ou pobre? - Perguntou alguém que passava, no momento.

Deixe secar primeiro. Não seja apressado. Espere até que se acalme, e verá como tudo será facilmente resolvido.

 

 

Carlyle aceitou o conselho do professor, e o resultado foi tão feliz que, no dia seguinte, o colega que o insultara veio lhe pedir desculpas.

 

A resposta veio nos seguintes termos: O pobre homem rico é aquele que é dono de várias fazendas, de bônus, ações de várias companhias e uma grande conta corrente no banco mas é avarento.

Malba Tahan, nesta rica passagem, vem nos dizer que, dada a grande diversidade de temperamentos e caracteres humanos, não nos é possível viver em paz com o próximo, sem refrearmos a ira, e insistirmos na prática da mansidão.

 

 

Nenhuma resolução sadia pode ser tomada com ímpeto.

 

É pobre porque sua mente é a essência da pobreza. Porque sempre tem medo de gastar alguns centavos. Suspeita de todo mundo. Preocupa-se com tudo o que tem e que lhe parece pouco.

Às vezes, numa ação impensada, numa reação violenta, podemos comprometer séculos e séculos de nossas existências.

 

 

Alguns segundos de invigilância, permitindo que um pequeno ato de vingança se externe, pode gerar um compromisso imenso para o futuro, através da Lei de causa e efeito, que prevê a colheita obrigatória de tudo aquilo que livremente plantamos.

 

A pobreza não é carência de coisas: é um estado de ânimo. Não são ricos os que têm tudo em abundância.

Vale a pena esperar. Vale a pena o esforço de conter um impulso naquele momento em que o nervosismo procura reinar.

 

 

Contar até dez. Tomar um banho frio. Fazer uma oração, pedindo auxílio a Deus. Parar tudo que estamos fazendo e refletir para não reagir sem pensar.

 

Só se é rico quando o dinheiro não nos preocupa. Se temos dois reais e nos lamentamos por não ter mais, somos mais ricos do que aquele que tem dois milhões e não pode dormir porque não tem quatro.

Vale a pena o esforço. Vale a pena ter calma.

 

 

Se algum dia você for vítima de uma violência, não revide.

 

Pobreza não é carência: é a pressão da carência. A pobreza está na mente, não no bolso.

Quando receber injúrias, não procure se defender atacando.

 

 

Se for caluniado, não acumule ódio e ressentimento em sua alma.

 

O pobre homem rico se angustia pela conta do supermercado que é muito alta. Também porque consome eletricidade, gás e gasolina. Sempre está procurando o modo de diminuir o salário dos empregados.

Sabemos que é difícil compreender, perdoar, ainda, mas precisamos começar, precisamos desenvolver esta virtude em nossos corações.

 

 

Os maiores beneficiados com isso seremos nós mesmos, pois deixaremos de ser depósitos de sentimentos impuros, desequilibrados, que insistem em nos fazer infelizes.

 

Dói quando sua mulher lhe pede dinheiro. Angustia-se pelo gasto de seus filhos.

Deixe secar primeiro.

 

 

*   *   *

 

Os pedidos de aumento de salário de seus empregados lhe ardem mais do que ácido que lhe fosse colocado sobre a pele.

A Terra recebeu, na figura de um homem muito simples, um grande defensor da não-violência.

 

 

Mahatma Gandhi, o líder religioso indiano que comandou centenas de hindus, foi a lição viva da desnecessidade da violência para resolver problemas.

 

Enfim, ele tem os sintomas da pobreza.

Eis aqui um sábio pensamento seu:

 

 

Não-violência e covardia são termos contraditórios. A não-violência é a maior das virtudes, enquanto a covardia é o maior dos vícios.

 

Em verdade, a finalidade do dinheiro é proporcionar comodidade, afastar temores, permitir uma vida de liberdade espiritual. Se não desfrutamos dessas vantagens, não importando quanto tenhamos, somos como o pobre homem rico.

A não-violência provém do amor, a covardia do ódio.

 

 

A não-violência sempre sofre, enquanto a covardia sempre gera o sofrimento.

 

Mas, se podemos experimentar essa sensação de liberdade, essa confiança no amanhã, essa ideia de abundância que se diz que o dinheiro proporciona, seremos ricos, mesmo sendo pobres.

A perfeita não-violência é a maior das bravuras.

 

 

Sua conduta não é jamais desmoralizante, enquanto a forma da covardia se conduzir sempre o é.

 

Se desejamos ser ricos, sejamos. É mais fácil do que se fazer rico.

 

 

 

Redação do Momento Espírita com base no cap. Deixai secar primeiro, do livro Lendas do Céu e da Terra, de Malba Tahan, ed. Record.

 

O dinheiro em si mesmo não significa nada. Seu verdadeiro valor está no que com ele possamos realizar em favor dos outros e de nós mesmos. Essa é a autêntica finalidade do dinheiro.

Em 26.01.2012.

 

 

 

 

*   *   *

 

 

 

Frutos da gentileza

 

Se pensamos muito em dinheiro, ali estará o nosso tesouro.

 

 

 

Você já experimentou os frutos da gentileza? No mundo em que vivemos, em que as pessoas parecem armadas umas contra as outras, em que saem às ruas medrosas, nem sempre os gestos de gentileza se fazem presentes, embora estejam se multiplicando.

 

Se os nossos pensamentos estão no amor, ali também estará o nosso tesouro.

 

 

 

Conta-se que um empregado de um frigorífico, na Noruega, certo dia, ao término do trabalho, foi inspecionar a câmara frigorífica. Inexplicavelmente, a porta se fechou e ele ficou preso dentro dela.

 

Se valorizamos a tônica do dinheiro, nossos valores são materiais.

 

 

 

Bastaram alguns segundos para sentir a temperatura com seu peso absoluto. Situação indescritível. Congelamento rápido. Chocante. A temperatura em torno de dez graus abaixo de zero foi mais do que sentida em graus. Ela tinha um peso físico e comprimia fisicamente.

 

Se nossos pensamentos são nobres e altruístas, se pensamos e nos ocupamos em amar, o nosso tesouro não acabará com as crises econômicas, nem com as desvalorizações. Isso porque o espiritual não acaba nunca.

 

 

 

O funcionário bateu na porta com força, gritou por socorro mas ninguém o ouviu. Todos já haviam saído para suas casas. Impossível que alguém o pudesse escutar.

 

Enriqueçamo-nos com as coisas imperecíveis. Seremos então ricos, fortes e nossas riquezas estarão sempre conosco.

 

 

 

O tempo foi passando. Debilitado com o frio insuportável, ele já se preparava para morrer. Que morte tola! - Pensava ele. Prisioneiro em uma câmara frigorífica.

 

 

 

 

 

Imagens da família, dos amigos passaram-lhe pela memória. O que podia ter feito e não fez. O que não deveria ter feito e agora se arrependia.

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. Onde está o teu tesouro, de Helen Hernández e no cap. Pobreza, de Frank Crane, do livro Um presente muito especial, de Roger Patrón Lujan, ed. Aquariana.

 

 

 

Depois de gritar, de recordar, ele se rendeu. Nada mais a esperar senão a morte. Terrível, por congelamento. O frio parecia lhe quebrar os ossos, congelar o sangue nas veias. Dolorido. Penoso.

 

Em 18.01.2012.

 

 

 

Então, de repente, a porta se abriu. O vigia da empresa entrou na câmara e o resgatou, ainda com vida.

 

Serviço Desinteressado

     

Depois de salvar a vida do homem, houve quem tivesse a curiosidade de saber por que ele fora abrir a porta da câmara frigorífica, desde que isso não fazia parte da sua rotina de trabalho.

 

Foi durante um período de férias. Carlos havia se dirigido a um acampamento isolado, com a família. Quando se deu conta, o carro estava enguiçado.

 

 

 

Ele explicou, de forma simples: Trabalho nesta empresa há trinta e cinco anos. Centenas de empregados entram e saem daqui todos os dias. Ele é o único que me cumprimenta ao chegar pela manhã.

 

Tentou dar a partida e nada. Caminhou para fora do acampamento, muito nervoso. Pelo caminho ia descarregando a sua raiva com palavras grosseiras, que foram abafadas pelo cantar das águas do riacho próximo.

 

 

 

E se despede de mim ao sair. Hoje pela manhã, ele disse quando chegou: "Bom dia". Entretanto, não se despediu de mim, na hora da saída.

 

O problema era bateria descarregada e Carlos resolveu ir até a vila a pé. Eram alguns quilômetros de caminhada.

 

 

 

Aguardei um tempo pois pensei que ele tivesse se detido em fazer algum trabalho extra. Contudo, como os minutos fossem se somando, de forma rápida, deduzi que algo estava errado.

 

Duas horas depois, com um tornozelo torcido, ele chegou a um posto de gasolina.

 

 

 

Fui procurar por ele. A câmara frigorífica foi um local que me acudiu à mente pudesse ele estar. Foi assim que o encontrei.

 

Como era domingo de manhã, o lugar estava fechado. Mas havia um telefone público e uma lista telefônica quase se desmanchando.

 

 

 

*  *   *

 

Ele telefonou para a única companhia de autossocorro da cidade vizinha, que ficava a uns trinta quilômetros de distância.

 

 

 

Como se vê, a gentileza deixa marcas especiais nas criaturas.

 

Um tal de Zé atendeu e o acalmou. Ele deveria chegar ao posto de gasolina, mais ou menos em meia hora.

 

 

 

Um gesto repetido todo dia, simples e que, ao demais, deveria ser nossa marca registrada de boas maneiras, salvou a vida de um homem.

 

Enquanto esperava o socorro chegar, Carlos ficou a imaginar quanto aquilo tudo lhe deveria custar. Finalmente, um reluzente caminhão-guincho chegou e eles foram para a área do acampamento.

 

 

 

Aquele homem era diferente de todos os demais. Ele fazia a diferença na vida do vigia que ficava ali, horas e horas, em seu posto de guarda.

 

Quando o Zé saiu do caminhão, Carlos o observou e ficou espantado. Zé tinha aparelhos na perna e andava com ajuda de muletas.

 

 

 

Isso nos diz que o bem sempre faz bem a quem o pratica. Pode ter um retorno rápido, como no fato narrado. Pode ser algo que somente o tempo demonstrará.

 

Enquanto se movimentava, Carlos ainda pensou qual seria o preço de tamanha boa vontade.

 

 

 

O importante a se registrar é que a pessoa gentil cria ao seu redor um halo de tal simpatia, que contagia os demais.

 

Mas Zé era um sujeito animado. Enquanto foi providenciando a carga elétrica para a bateria, distraiu o filhinho de Carlos com uns truques de mágica.

 

 

 

Não esqueçamos disso e promovamos a gentileza em nossa vida.

 

Tudo pronto. Carro funcionando, Carlos perguntou quanto devia.

 

 

 

Existem pequenos, simples gestos que dizem muito da nossa formação moral e interferem, positivamente, em muitas vidas.

 

Nada, respondeu Zé.

 

 

 

Por isso, cumprimentemos as pessoas e incorporemos ao nosso vocabulário frases importantes, como: Desculpe-me. Olá, como vai? Obrigado. Por favor.

 

Não é possível, falou Carlos. Hoje é domingo, tirei você de seu descanso, você rodou tantos quilômetros, resolveu meu problema. Preciso lhe pagar.

 

 

 

Palavras simples. Palavras mágicas para criar ambiente de harmonia, nos locais mais diversos.

 

Não mesmo, disse o Zé. Há alguns anos, alguém me ajudou a sair de uma situação pior do que esta, quando perdi as minhas pernas.

 

 

 

Experimentemos!

 

E tudo o que o sujeito que me auxiliou disse, ao final foi: "Passe isso adiante. Você não me deve nada. Apenas se lembre de passar isso adiante, quando tiver uma oportunidade."

 

 

 

Redação do Momento Espírita, com base em notícia internacional.

 

E então, hoje, tive a oportunidade de ajudá-lo. Foi ótimo. Vá para sua casa, com sua família e quando puder, ajude alguém, porque precisamos sempre uns dos outros.

Em 07.02.2012.

 

 

 

 

*   *   *

 

 

 

 

 

Nunca deixe de ajudar a quem quer que seja.

 

 

 

 

 

Para isso você não precisa de dinheiro, posição social relevante ou poder.

 

 

 

 

 

Pode ajudar pela palavra gentil que gera estímulos preciosos.

 

 

 

 

 

Pode ajudar auxiliando seu vizinho com as crianças, enquanto a mãe delas se encontra em recuperação, no hospital.

 

 

 

 

 

Pode ajudar encaminhando alguém a uma instituição própria para socorro devido, se não puder socorrer você mesmo.

 

 

 

 

 

Pode, enfim, se tornar, onde se encontre, um microfone fiel a serviço do bem, auxiliando os caídos a se erguerem, os adormecidos a despertarem, os errados a se corrigirem e os agressivos a se acalmarem.

 

 

 

 

 

Assim agindo, descobrirá que a sua vida possui um grande significado e que a sua tarefa principal é servir e servir sempre.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria desconhecida e com pensamentos do cap. CLXXXVIII, do livro Vida feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

 

 

 

 

 

Em 12.01.2012.

Acalma-te
 
Jesus - MATEUS 19: 26

Seja qual for a perturbação reinante, acalma-te e espera, fazendo o melhor que possas.

 

Ainda mesmo que te firam e apedrejem, aquieta-te e abençoa-os com
a tua paz.

 

Lembra-te de que o Senhor Supremo pede serenidade para exprimir-se com segurança.

 

Os desesperados tornarão à harmonia, os doentes voltarão à saúde,
os loucos serão
curados, os ingratos despertarão...

A terra que te sustenta o lar é uma faixa de forças tranqüilas.

 

É da Lei do Senhor que a luz domine a treva, sem ruído, sem violência.

 

O fruto que te nutre representa um ano inteiro de trabalho silencioso da árvore generosa.

 

Recorda-te que toda dor, como toda nuvem, forma-se, ensombra-se
e passa...

Cada dia que se levanta é convite de Deus para que lhe atendamos à Obra Divina, em nosso próprio favor.

 

Se outros gritam e oprimem, espancam e amaldiçoam, acalma-te e
espera..

 

Se te exasperas, não Lhe assimilas o plano.

 

Não olvides a palavra do Mestre quando nos afirmou que a Deus tudo
é possível, e,
garantindo o teu próprio descanso, refugia-te em Deus.

 

Se te afeiçoas à gritaria, não Lhe percebes a voz.

 

 

 

Conserva-te, pois, confiante, embora a preço de sacrifício.

 

 

Chico Xavier - Emmanuel

 

Decerto, encontrarás ainda hoje, corações envenenados que destilam irritação e desgosto, medo e fel.

 

 

 

 

 

 

Judas socorrido por Jesus

O texto Evangélico relata que Jesus apareceu materializado a Maria Madalena, após o terceiro dia de sua morte. O diálogo estabelecido entre Ele e Madalena neste acontecimento está narrado em forma de poema pelo Espírito Maria Dolores, através da psicografa de Francisco Cândido Xavier, sob o título Amor e Perdão do livro Coração e Vida, o final desse diálogo apresentado a seguir, revela o imenso amor de Jesus, que após a sua morte, vai ao encontro de Judas, que se enforcou, ao constatar que o Mestre fora crucificado por culpa de sua insensata ambição política.

“ Senhor, onde estivestes? Mas Jesus Respondeu: Não Maria, não fui ainda ao alto. Nem me elevei sequer um palmo a luz do firmamento. Quem ama não consegue achar o céu de um salto. Ao invés de subir aos altos esplendores, desci, mas desci muito aos reinos inferiores. Despertando no túmulo escutei os gritos de aflição de alguém que muito amei, e que muito amo ainda. Embora visse além a luz sempre mais linda. Sentia nesse alguém um amado companheiro, em crises de tristeza e de loucura.


 

.

Fui à sombra abismal para a grande procura. E ao reencontra-lo, amargurado e louco, a ponto de não mais me conhecer. Demorei-me a afaga-lo, e pouco a pouco, consegui que ele enfim, pudesse adormecer.

Senhor? Interrogou Madalena.
Quem é o amigo que te fez descer antes de procurar a Luz do Pai?
Mas Jesus replicou em voz clara e serena: Maria, um amigo não esquece a dor de outro amigo que cai. Antes de me altear a celeste alegria, ao sol do mesmo amor a Deus em que te enlevas. Vali-me após a cruz, das grandes horas mudas, e desci para as trevas, a fim de aliviar a imensa dor de Judas”.

Essa revelação, via mediúnica, esclarecendo onde esteve o Cristo nos três dias após de sua morte, fato não registrado no Novo Testamento, demonstra, sobretudo, a extensão da infinita misericórdia de Jesus, para todos os sofredores.


Pai, perdoa-os, porque eles não sabem o que fazem!

 

 

 

 

 Petições a Jesus – Francisco Cândido Xavier

 

 

 

Senhor!
Perante os que se vão
Sob nuvens de pó e rajadas de vento, 
Dá-me o dom de sentir
No próprio coração
A chaga e o sofrimento
Que carregam consigo
Por fardos de aflição...
Faze, Divino Amigo, 
Ante a dor que os invade, 
Que eu lhes seja migalha de conforto
Na travessia da necessidade.
Agradeço-te os olhos que me destes,
Espelhos claros com que me permites
Fitar fontes e flores
Ante o céu sem limites...
Mas rogo-te, Senhor, 
Ajuda-me a estender a luz em que me elevas
Cooperando contigo, embora humildemente,
No socorro constante aos que jazem das trevas.
Rendo-te graças pela minha voz
Que te pode louvar
E engrandecer-te sem qualquer barreira
De inibição, de forma, de lugar...
Entretanto, Jesus, aspiro a estar contigo,
Em sigela tarefa que me dês
No apostolado com que recuperas
Nossos irmãos atados à mudez.
Agradeço os ouvidos
Em que o discernimento se me apura
Ao escutar o verbo e a música da vida
Na ascensão à cultura.
Consente-me, porém, o privilégio

 

 

De repartir o amor com que me assistes
Revigorando a quantos se fizerem 
Retardados ou tristes.
Agradeço-te as mãos que me cedestes
Para dar-me ao trabalho que te peço
Na atividade do cotidiano
Em demanda ao progresso.
Aprova-me, no entanto, o propósito ardente
De partilhar contigo o serviço fecundo
Com que amparas a todos os enfermos
Que vivem sob a inércia entre as provas do mundo!
Agradeço-te o lar que me descansa
No calor da ternura em que me aqueço,
Meu veludoso ninho de esperança, 
Meu tesouro sem preço...
Mas deixa-me seguir-te, lado a lado,
No concurso espontâneo, dia a dia,
A fim de que haja abrigo a todos os que passam
Suportando sem teto a chuva e a noite fria!
Rendo-te graças, incessantemente,
Por tudo o que, em teu nome, o caminho me traz,
- A compreensão, a luz, o estímulo, o consolo,
O apoio, a diretriz, a experiência, a paz...
Não me largues, porém, no exclusivismo vão
De tudo o que me dês, ajuda-me, Senhor, 
A dividir também com os outros que te esperam
A mensagem de fé e a esperança de amor!

 

Chico Xavier - Maria Dolores

     

Às vezes...

 

 


Às vezes... o profundo se pressupões que não tem fim;
Às vezes... a ida parece não ter volta;
Às vezes... a lágrima insiste em rolar, e parece ser sem fim;
Às vezes... pensamos estar só, e não ter um ombro próximo para nos acalentar;
Às vezes... odiar é muito fácil e amar é complicado;
Às vezes... a vingança parece o caminho mais curto e perdoar tão impossível;
Às vezes... tudo se complica. O certo se torna errado e o errado certo;
Às vezes... Os pés se cansam na jornada tão longa e cansativa;
Às vezes... Perdemos as expectativas e achamos tão atrativa a desistência e complicado é tudo a nossa frente;
e perguntamos : Como será? Por quê? E agora?
Às vezes... esquecemos as vezes... somos esquecidos;
Às vezes... Lembramos às vezes... somos lembrados;
Às vezes... falamos mesmo que calados;

 


Às vezes... Calamos nos gestos, e outras tantas afogamos no profundo do nosso íntimo
e nos trancamos dentro de nossas portas, dentro de nosso mundinho todas nossas magoas e decepções;
Às vezes... esquecemos que a vida é bem além, bem maior, e que o mundo é grande e muito além do nosso próprio, do que criamos;
e quem o fez é infinito, e infinitamente capaz de nos fazer superar tudo;
Às vezes... Olhamos para baixo, outras para o alto;
Às vezes... Como criação que somos, esquecemos que quase sempre o sol brilha;
Sol que faz as folhas brotarem, e surgir o verde no lugar do amarelado;
O Oasis em lugar do deserto, deserto que às vezes tão perto...
Há vitória no lugar de derrota, sucesso em vez de fracasso;
É, o "às vezes"... aos poucos vai se transformando no "sempre"... Sempre!
E o sempre, sempre traz constância, e a constância, elegância...
e assim descobrimos a beleza de se viver, de insistir, de se superar;
e de ser simplesmente... Nós.

 

 

 

Se eu morrer antes de você – Francisco Cândido Xavier

 

 

 

Se eu morrer antes de você, faça-me um favor: 
Chore o quanto quiser, mas não brigue com 
Deus por Ele haver me levado. 
Se não quiser chorar, não chore. 
Se não conseguir chorar, não se preocupe. 
Se tiver vontade de rir, ria. 
Se alguns amigos contarem algum fato a 
meu respeito, ouça e acrescente sua versão. 
Se me elogiarem demais, corrija o exagero. 
Se me criticarem demais, defenda-me. 
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, 
mostre que eu tinha um pouco de santo, mas 
estava longe de ser o santo que me pintam. 
Se me quiserem fazer um demônio, mostre que 
eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas 
que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo. 
Espero estar com Ele o suficiente para continuar 
sendo útil a você, lá onde estiver. 
E se tiver vontade de escrever alguma coisa 
sobre mim, diga apenas uma frase: 
"Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis 
mais perto de Deus!" 

 


Aí, então derrame uma lágrima. 
Eu não estarei presente para enxugá-la, mas 
não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar. 
E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de 
minha nova tarefa no céu. 
Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha 
na direção de Deus. 
Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz 
vendo você olhar para Ele. 
E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, 
sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, 
em Deus, a amizade que aqui nos preparou 
para Ele.
Você acredita nessas coisas? 
Então ore para que nós vivamos como quem 
sabe que vai morrer um dia, e que morramos 
como quem soube viver direito. 
Amizade só faz sentido se traz o céu para 
mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo 
o seu começo. Mas, se eu morrer antes de 
você, acho que não vou estranhar o céu.. 
Ser seu amigo... já é um pedaço dele..."


Chico Xavier

 

 

 

A Cura Verdadeira

 

 

 

Todas as criaturas humanas adoecem, raras são aquelas que trabalham para a cura real. 
A ação medicamentosa por si só não restaura integralmente a saúde; o comprimido ajuda, a injeção melhora, no entanto, não podemos esquecer que os verdadeiros males procedem da mente. A mente é uma fonte criadora e a vida plasma em nós mesmos aquilo que desejamos. 

Assim, a medicação não nos valerá muito se prosseguirmos tristes e acabrunhados, porque a tristeza é geratriz e mantenedora de muitos males. 
Como pretendemos ter a saúde restaurada, se nos permitimos a cólera ou o desanimo por muitas horas? O desalento é anestésico que entorpece e acaba por destruir quem o cultiva. 

A ociosidade que corrompe as horas e a inutilidade que desperdiça o tempo valioso, extingue as forças físicas e as do espírito, mesmo porque, a mente ociosa acaba por se dedicar a muitas coisas ruins, como a maledicência e a crítica destrutiva. 


 

Se não sabemos calar nem desculpar, se não ajudamos, nem compreendemos, como encontrar harmonia íntima? Por mais que o socorro espiritual venha em nosso favor, devoramos as próprias energias com atitudes negativas. E com respeito ao socorro médico,mal surgem as primeiras melhoras, abandonamos o remédio , a dieta, os cuidados, demonstrando a nossa indisciplina, por isso, se estamos doentes, antes de qualquer medicação, aprendamos a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para a grande mudança. 

Fujamos da indelicadeza e do azedume constante que nos conduzirão à brutalidade no trato com os demais. Enriqueçamos nossos fatores de simpatia pessoal, pela prática do amor fraterno, busquemos a intimidade com a sabedoria, pelo estudo e a meditação. Não manchemos o nosso caminho, sirvamos sempre, trabalhemos na extensão do bem em todos, guardemos lealdade às palavras do Mestre Jesus. Permaneçamos com a certeza de que cultivando a oração, vibrando positivamente pela vida, abraçando a oração diária desde logo, a meditação de que nos servimos, atuará rápida e beneficamente em nosso corpo, conduzindo, assim, à verdadeira cura.

"Momento Espírita"

     

A Beleza dos Avessos – Padre Fábio de Melo

   

 

Esse jeito esquisito que Jesus tinha de preferir os piores, me faz pensar na beleza dos avessos… Às vezes, na pressa de encontrar, a gente não vê. Quantas vezes na minha vida eu desprezei as pessoas porque eu considerei o agora? É tão doído a gente ser visto somente a partir do presente, quando as pessoas olham pra gente e só enxergam aquilo que a gente tem no momento.
Isso é fascinante em Jesus! Por isso ele era capaz de preferir quem ele preferia. Porque Jesus não era um homem que se prendia no presente.
Eu acredito e acho interessante isso: “que os amantes nunca esgotam as criaturas amadas, porque o

 

 

amor sobrevive de futuro, ele consegue enxergar o que a gente ainda não viu. A pessoa que ama consegue enxergar o que o outro ainda não é, é o avesso, é o contrário da situação. É tão bonito a gente pensar que a beleza do tecido tem um sustento, uma trama que está por trás de tudo isso. Compreender as pessoas, amá-las, só é possível a partir do momento que a gente entra na trama do avesso, quando a gente não enxerga somente aquilo que os olhos podem revelar, podem conhecer, mas também tudo aquilo que ainda está oculto.” Deus nos ama assim, porque consegue enxergar o que a gente ainda não é, mas que a gente ainda pode ser!


Padre Fábio de Melo